Os futebolistas sub-20 nacionais fizeram hoje um balanço positivo da prestação portuguesa no Mundial da Coreia do Sul, apesar da eliminação nos quartos de final da prova, lamentando a falta de sorte nos momentos decisivos.
À chegada ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o extremo do Benfica B Diogo Gonçalves admitiu que o início da campanha de Portugal na competição não começou da melhor forma, porém explicou que conseguiram corrigir posteriormente as lacunas dos primeiros encontros.
"Penso que foi um Mundial muito positivo da nossa parte. Não começámos da melhor maneira, mas penso que as coisas foram feitas da melhor forma, porque jogámos bem, praticámos um futebol ofensivo e de qualidade. Não marcámos nos primeiros dois jogos, mas depois conseguimos juntar as peças e melhorar aquilo que não estivemos tão bem", começou por dizer melhor marcador de Portugal na prova, com três golos.
Eliminados nos quartos de final através da marcação de grandes penalidades diante do Uruguai, depois de um empate (2-2) após prolongamento, o capitão Rúben Dias sublinhou que a equipa das ‘quinas’ se superiorizou à seleção sul-americana e lamentou a infelicidade de ficarem pelo caminho.
"O jogo com o Uruguai foi um jogo em que a equipa esteve muito bem, com muita qualidade e muitos bons golos. Diria que foi uma questão de termos sido pouco felizes. Mostrámos que fomos superiores e infelizmente não conseguimos resolver o jogo nos 90 minutos. Depois acabou por ser um pouco de felicidade para eles [nos penalties]", lamentou.
Ruben Dias deixou ainda uma mensagem para quem assistiu aos encontros da equipa das ‘quinas’: Acreditávamos nas nossas qualidades e continuamos a acreditar. Toda a gente tem noção que mostrámos ao mundo a capacidade dos nossos jogadores e, ao fim ao cabo, era o mais importante. Mostámos porque estivemos lá [Coreia do Sul] e que estamos aqui para as ‘curvas’".
Já o defesa do FC Porto B Diogo Dalot salientou que "nem sempre é possível colocar fasquia no título", mas sai " de cabeça erguida ao ter dado tudo", lembrando também a "imprevisibilidade" cada vez maior no futebol.
Por fim, o avançado André Ribeiro, que esta temporada representou o Zurique, da Suiça, realçou que acabar entre as oito melhores seleções do escalão é razoável e vincou que não foi por falta de trabalho que foram eliminados.
"Estar nas oito primeiras já é bom. Queríamos melhor, estar lá mais em cima e vir com o caneco. Trabalhámos muito durante a pre-época do Mundial, somos uma equipa muito forte e tínhamos tudo para lá chegar. Não foi fácil, mas agora é levantar a cabeça para o futuro", concluiu.
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