A Nigéria garantiu hoje o ‘passaporte’ para o Mundial2018 de futebol, tornando-se na primeira seleção africana qualificada, um feito quase repetido pela Tunísia, enquanto Cabo Verde comprometeu as aspirações ao perder com o Senegal.
A seleção lusófona não resistiu ao poderio de uma das atuais seleções africanas de topo, o Senegal, que foi à cidade da Praia, vencer por 2-0, numa partida em que só quebrou na parte final, com os golos de Diafra Sakho, aos 82 minutos, e de Cheikh N’Doye, aos 90+3, numa altura em que a equipa da casa procurava desesperadamente o empate.
Esta derrota não compromete, para já, as aspirações de apuramento de Cabo Verde no Grupo D, mas vai ter um jogo determinante já no próximo dia 06 de novembro, no Burkina Faso, seleção orientada pelo treinador português Paulo Duarte, que também ambiciona o apuramento para a Rússia, e que também sofreu hoje uma derrota na África do Sul.
A equipa de Paulo Duarte baqueou frente à seleção sul-africana que só tinha somado um ponto em três jogos, conquistado precisamente no Burkina Faso, mas que desta vez, venceu de forma categórica por 3-1, arrumando a questão antes do intervalo, ao qual chegou a vencer já por 3-0, com golos de Percy Tau, no primeiro minuto, Themba Zwane, aos 33, e Sibusiso Vilakazi, aos 45+1.
O Burkina Faso marcou o golo de honra aos 87, por Alain Traoré, mas a África do Sul jogou a última meia hora reduzida a dez unidades por expulsão de Zungu, antigo médio do Vitória de Guimarães, aos 67.
No Grupo B, a vitória da Nigéria na receção à Zâmbia, garantiu a presença na fase final do Mundial, graças a um golo do médio do Arsenal Alex Iwobi, a vinte minutos do final da partida, enquanto os Camarões venceram a Argélia, que, já eliminada, alinhou sem algumas das suas principais ‘estrelas’ como Brahimi, Mharez e Slimani.
A seleção camaronesa esteve a vencer por um golo, marcado aos 25 minutos, pelo avançado dos franceses do Marselha Clinton N’Jie, até quase ao final da partida, altura em que sentenciou o desfecho do jogo com o segundo golo, por Frantz Pangop, aos 89.
No Grupo E, Uganda e Gana não foram além de um ‘nulo’, deixando caminho aberto à qualificação direta do Egito, que soma nove pontos, mais um do que ugandeses e três do que ganeses, e recebe no domingo o lanterna-vermelha Congo-Brazaville.
A seleção ganesa, necessitava de vencer para aspirar à qualificação para o Mundial2018, mas não conseguiu fazer um golo e no final fez um protesto formal alegando um fora de jogo inexistente num lance que terminou com a bola no fundo das redes ugandesas.
Quem saiu hoje goleado em casa foi a seleção da Guiné Conacri, à qual não lhe valeu a sua principal ‘estrela’, Naby Keita, que alinha nos alemães do Leipzig, cujos serviços os ingleses do Liverpool já garantiram na próxima época ao pagarem a cláusula de rescisão de 51 milhões de euros, segundo a imprensa germânica.
Mesmo assim, Keita colocou a Guiné Conacri na frente do marcador, aos 36 minutos, mas a Tunísia operou uma autêntica reviravolta, cujo início ocorreu ainda antes do intervalo, com o empate a ser consumado por Youssef Msakni, aos 45+1.
Na segunda parte, a seleção guineense foi ‘atropelada’ pela Tunísia no último quarto de hora, fase do jogo em que marcou mais três golos e deu um passo importante rumo ao apuramento no grupo A, que lidera com 13 pontos, seguido da República Democrática do Congo, com 10, com a qual vai discutir uma vaga na Rússia.
De resto, a seleção congolesa cumpriu a sua obrigação ao vencer na Líbia por 2-1, a despeito das dificuldades colocadas pela seleção norte-africana, que esteve em desvantagem devido a um golo do jogador do Villarreal Cédric Bakambu, aos 50, mas logrou o empate aos 69, por Mohamed Al Musrati.
No entanto, o jogador do Konyaspor Wilfred Moke recolou a seleção congolesa na dianteira do marcador e garantiu três pontos que ainda mantém ténues esperanças de qualificação no Grupo A.
No Grupo C, Marrocos recebeu e venceu de forma concludente o Gabão por 3-0, graças a um ‘hat-trick’ do avançado Khalid Boutaib, que marcou aos 38, 56 e 72 minutos, e pulou para a liderança, com nove pontos, mais um do que outro dos tradicionais candidatos, a Costa do Marfim, que não fez melhor do que um ‘nulo’ no Mali, na sexta-feira.
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