O selecionador espanhol de futebol feminino lamentou hoje o “comportamento impróprio” do presidente da federação (RFEF) Luís Rubiales, após a conquista do Mundial2023, e assumiu que o dirigente ‘manchou’ a conquista histórica da ‘la roja’.
“Lamento profundamente que a vitória do futebol feminino espanhol tenha sido prejudicada pelo comportamento impróprio do nosso líder máximo. Isso manchou a nossa vitória, mas o próprio (Rubiales) reconheceu o seu erro”, disse Jorge Vilda, em comunicado enviado à agência de noticias espanhola EFE.
O técnico considerou que tudo o que tem acontecido após o triunfo no Campeonato do Mundo tem sido “um verdadeiro disparate, manchando uma vitória merecida das jogadoras e do país”.
“Gerou-se um clima indesejável, muito distante do que deveria ter sido uma grande celebração do desporto espanhol e do desporto feminino”, disse Vilda, que também foi bastante criticado pelas suas próprias jogadoras durante a competição que decorreu na Austrália e na Nova Zelândia.
As palavras do selecionador espanhol acontecem no dia em que Rubiales foi suspenso pela FIFA por 90 dias e em que 11 membros da sua equipa técnica, entre adjuntos, analistas e preparadores, apresentaram a demissão.
A polémica no futebol espanhol surgiu no domingo passado, durante as comemorações do inédito título mundial por parte da seleção feminina espanhola, que derrotou na final, disputada em Sydney, a Inglaterra por 1-0, quando, na altura da entrega dos prémios, Rubiales beijou na boca Jenni Hermoso enquanto festejavam.
Seguiram-se inúmeras críticas ao sucedido, tendo Hermoso afirmado que não tinha consentido o beijo, depois de numa primeira versão ter dito que tudo ocorreu num momento de maior euforia.
Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a RFEF levou a cabo, na sexta-feira, uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales, o que não veio a suceder, dando origem a um novo pico de contestação e extremado as posições, com as jogadoras a anunciarem não estarem disponíveis para representar a seleção enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.
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