A comitiva lusa - que apenas não incluiu Maria Alagoa, que seguiu diretamente para os Estados Unidos, onde estuda e joga - aterrou na capital ao início da tarde, pelas 12:16 horas, escoltada por dois caças F-16 da Força Aérea portuguesa a partir do momento em que passou a sobrevoar território nacional.

As 24 jogadoras lusas, assim como a equipa técnica e restante 'staff' da seleção nacional, foram recebidas com carinho pelo público português, que ultrapassou as duas centenas, ao qual responderam com palavras de reconhecimento e gratidão.

"É uma aposta da nossa federação, do nosso presidente e de todos os portugueses que acreditaram em nós e aqueles que têm os olhos em nós que continuem a apoiar muito", desejou Dolores Silva, uma das capitãs da equipa de Portugal.

Portugal concluiu na terça-feira a primeira participação de sempre num Mundial feminino, ao ficar-se pela fase de grupos da competição que decorre na Austrália e na Nova Zelândia, depois de empatar 0-0 com os Estados Unidos, bicampeões mundiais, na terceira jornada do Grupo E.

Acompanhe todos os jogos e as notícias de atualidade do Mundial Feminino 2023 no Especial do SAPO Desporto

Após essa histórica e inédita participação num Campeonato do Mundo, a experiente internacional portuguesa apontou, de imediato, 'baterias' à recém-criada Liga das Nações feminina, que se inicia apenas poucas semanas após o Mundial: "Agora, em setembro, já teremos uma nova competição".

A atacante Jéssica Silva avaliou, em retrospectiva, o trabalho realizado e fez saber o seu orgulho pela boa prestação da equipa apesar do 'amargo de boca' por Portugal não ter conseguido chegar mais longe na competição.

"Sinto muito orgulho, foram 30 dias muito bem passados. Estamos muito felizes por aquilo que fizemos, acho que nos transcendemos e deixámos uma boa imagem. Naturalmente não era o resultado que queríamos," assinalou.

Ana Borges, que integra o lote de capitãs de Portugal, mostrou o mesmo sentimento ambíguo, num misto entre orgulho pela competitividade da equipa e a frustração de ter ficado tão perto de um histórico apuramento para os oitavos de final do Mundial feminino.

"Foi uma frustração não termos conseguido, até porque estivemos muito perto, a uma bola no poste, de estarmos nos oitavos de final, mas claro que sentimos um orgulho enorme, não só de sermos portuguesas, mas por podermos ter representado Portugal num Campeonato do Mundo", declarou a jogadora com mais internacionalizações ao serviço de Portugal (162 jogos).

A equipa das ‘quinas’ estreou-se em Mundiais femininos na sua nona edição, depois de duas presenças em Europeus, em 2017 e 2019, com um desaire por 1-0 frente aos Países Baixos, mas somou depois a primeira vitória de sempre em fases finais, frente ao Vietname, por 2-0, com golos de Telma Encarnação e Kika Nazareth, antes de empatar 0-0 com as norte-americanas.