O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, considerou hoje “insuficientes” as justificações apresentadas pelo presidente da federação espanhola de futebol (RFEF), que beijou na boca uma jogadora da equipa feminina após a conquista do Mundial2023.

“O que vimos foi um gesto inaceitável. As desculpas que o senhor Rubiales (presidente a RFEF) apresentou são insuficientes. Penso até que são inapropriadas e, por isso, tem ir mais longe”, afirmou Sánchez.

Contudo, em conferência de imprensa após uma audiência com o rei Felipe VI, o primeiro-ministro cessante negou que tenha pedido a demissão de Rubiales, lembrando que a RFEF é “um organismo que não é dependente do governo”.

Em causa, está um beijo na boca de Luís Rubiales à jogadora Jenni Hermoso durante os festejos da conquista inédita por Espanha de um Campeonato do Mundo feminino de futebol, situação que a jogadora já veio desvalorizar, mas que continua a ser muito criticada pelos membros do governo espanhol, com Pedro Sánchez a abordar hoje pela primeira vez a situação em público.

Num vídeo publicado nas redes sociais, Luís Rubiales lamentou o sucedido e garantiu que foi um “ato sem má intenção e sem má-fé”

Em declarações divulgadas pela RFEF, Hermoso explicou que foi uma “gesto mútuo totalmente espontâneo pela imensa alegria de ganhar um Mundial”.

“O presidente e eu temos um ótimo relacionamento. O seu comportamento com todas nós foi perfeito e foi um gesto natural de carinho e gratidão”, reforçou Hermoso.

Mesmo assim, a ministra do trabalho, Yolanda Díaz, pediu a demissão Luís Rubiales, considerando o comportamento do dirigente de “inaceitável”.