O Mundial de futebol feminino está aí à porta e em disputa vai estar o prémio mais desejado, o título de campeão do Mundo.

No Grupo E, alinhamento onde Portugal está incluído, conta com campeões do mundo em título, a seleção dos Estados Unidos. As norte-americanas podem ser o primeiro país a vencer três Campeonatos do Mundo consecutivos.

Curiosamente irão medir forças com a seleção que derrotaram na final em 2019, a equipa dos Países Baixos, treinada pelo técnico Andries Jonker.

Face ao favoritismo desde dois colossos, há dois estreantes: A seleção de Portugal e do Vietnam.

Acompanhe todos os jogos e as notícias de atualidade do Mundial Feminino 2023 com o Especial do SAPO Desporto

A seleção dos Estados Unidos é naturalmente a grande favorita para vencer este grupo. Na equipa liderada por Vlatko Andonovski, destaca-se o regresso da centrocampista Julie Hertz, que esteve ausente da seleção devido a uma lesão e por ter gozado a licença de maternidade. A avançada Alex Morgan aparece na competição em grande forma, com cinco golos apontados em 11 jogos, e mais quatro assistências pelos San Diego Wave.

Sophia Smith é uma jovens promissoras nos Estados Unidos
Sophia Smith é uma jovens promissoras nos Estados Unidos Sophia Smith é uma jovens promissoras nos Estados Unidos créditos: 2023 Getty Images

A Alex Morgan, juntam-se ainda Megan Rapinoe e Kelly O´Hara como as grandes estrelas da companhia. Sophia Smith (Portland Thorns) é um talento que poderá despontar durante a competição. A jogadora de 22 anos é uma máquina de a fazer golos, e poderá deixar a sua marca.

Espera-se que a equipa dos Estados Unidos continue no seu habitual 4-3-3, com Rodman, Smith e Morgan no ataque. Naether deverá ser a dona da baliza.

Onze provável: Naeher; Fox, Girma, Cook, Dunn; Sullivan, Horan, Lavelle; Smith, Morgan, Rodman.

Os Países Baixos regressam ao Campeonato do Mundo, e colocam a fasquia lá em cima depois de terem sido derrotados na final em 2019. Em 2017, sagraram-se campeões europeus.

É uma laranja mecânica de cara lavada, e com jovens de enorme potencial, que aparece neste Campeonato do Mundo. A lesão de uma das estrelas das neerlandesas, Vivianne Miedema, ao serviço do Arsenal, é uma baixa de peso na equipa.

Victoria Pelova é uma das coqueluches da Holanda
Victoria Pelova é uma das coqueluches da Holanda Victoria Pelova é uma das coqueluches da Holanda

Mas prevê-se uma equipa muito dinâmica a nível ofensivo, com as alas Victoria Pelova and Esmee Brugts a prometerem dar 'muitas dores de cabeça'. Há que contar ainda com as avançadas Lineth Beerensteyn (Juventus) e Lieke Martens (PSG), com a centrocampista do City Jill Roord no apoio.

O nível tático, Jonker pode oscilar entre um 5-3-2 e um 4-3-3, num sistema de pressing constante sobre o adversário e flexível quando necessário.

Jill Roord (Wolfsburgo) é considerada a estrela da companhia face à ausência de Vivianne Miedema. É o farol da equipa Andries Jonker, tem uma óptima visão periférica sobre o jogo, joga com os dois pés e tem uma enorme capacidade de passe. Tem o golo nos pés, apesar de atuar no centro do terreno. A nível de promessas, Esmee Brughts é uma jogadora que os analistas certamente vão estar atentos. A jogadora de 19 anos já demonstrou os seus créditos, e marcou o golo decisivo frente à Islândia que colocou a equipa no Campeonato do Mundo.

Onze provável: Domselaar; Wilms, van der Gragt, Janssen, Casparij; Roord, van de Donk, Spitse; Pelova, Beerensteyn, Martens.

Rui Costa fala em
Rui Costa fala em

Portugal, já se sabe é uma das equipas estreantes nesta fase final do Campeonato do Mundo. Nenhuma equipa jogou tanto para se qualificar para a prova. Após 10 jogos na fase de grupos e um segundo lugar atrás da Alemanha, as lusas bateram a Bélgica e a Islândia nos playoffs e selaram a qualificação frente aos Camarões.

A evolução do futebol feminino em Portugal tem sido exponencial, o que se tem refletido nos resultados da seleção portuguesa. Depois das qualificações para o Europeu em 2017 e 2022, a qualificação para o Mundial acaba por ser a cereja no topo do bolo.

É, pois, uma mescla interessante de juventude e experiência a equipa de Francisco Neto, numa equipa que atua habitualmente em 4-4-2 ou 4-3-3.

São várias as jogadoras que dão nas vistas na seleção portuguesas, como são os casos de Tatiana Pinto (Levante), Jéssica Silva (Benfica) e Diana Silva (Silva) e claro está, a jovem Kika Nazareth. Uma equipa de trabalho, mas que alia a técnica individual das suas jogadoras e que vai tentar surpreender na estreia no Campeonato do Mundo.

Tal como Portugal, o Vietname é outra das seleções estreantes na prova. A grande estrela da companhia é Huynh Nhu, a única jogadora dessa seleção a atuar na Europa, na equipa portuguesa do Vilaverdense.

Outra das jogadoras que poderá estar em evidência é o caso de Nguyen Thi Thanh Nha. A dianteira foi decisiva na última Taça da Ásia e terá que estar de pontaria afinada, pois assim as hipóteses da sua seleção aumentam. Espera-se uma equipa asiática sólida a nível ofensivo e que depois que se quer em condições de atacar o adversário.

Equipa do Vietnam em ação
Equipa do Vietnam em ação Equipa do Vietnam em ação créditos: AFP or licensors

A seleção asiática logrou a qualificação, depois de bater a Tailândia e a China nos Playoffs. Venceram recentemente a medalha de ouro nos jogos do Sudeste Asiático, depois de baterem o Myammar por 2-0 na final.

É expetável que a seleção do Vietname se apresente num 4-4-2, que pode variar uma 4-5-1. Huynh Nhu é a referência no ataque.

Onze provável do Vietnam: Kim Thanh; Thi Kieu, Thu Thao, My Anh, Thi Thu; Thuy Trang, Tuyet Dung, Thi Van, Bich Thuy, Thi Thao; Nhu.