A ‘capitã’ vietnamita Nhu Huynh, que jogou em 2022/23 no Lank Vilaverdense, elogiou hoje Portugal, os portugueses, a seleção lusa e, particularmente, a avançada Jéssica Silva, não escondendo que gostaria de marcar no embate de quinta-feira, do Mundial2023.

Na conferência de imprensa de antevisão do encontro, no Waikato Stadium, em Hamilton, a avançada das vietnamitas, de 31 anos, afirmou que “seria maravilhoso marcar” um golo à seleção das ‘quinas’.

“O meu tempo em Portugal foi espetacular e tenho boas recordações. Gostei muito. Fiz amigos e, quando soube que ia jogar contra Portugal, brincámos com isso. Claro que gostaria de marcar. Vou dar o meu melhor para o fazer. Seria uma grande motivação para toda a equipa”, disse.

Nhu Huynh perspetiva, porém, dificuldades no embate com as portuguesas.

“Estive um ano em Portugal e joguei contra várias jogadoras que aqui estão. São muito fortes e vai ser difícil para nós”, disse, acrescentando: “Seria um sonho vencer”.

Em termos individuais, a ‘capitã’ do Vietname destacou a número 10 lusa: “A Jéssica (Silva) é a estrela. É muito perigosa, muito rápida, muito boa tecnicamente. Temos de ter atenção com ela”.

O Vietname estreou-se com um desaire com os Estados Unidos, por 3-0, e está a desfrutar imenso desta primeira experiência num Mundial.

“É um grande prazer estar aqui, com o Vietname, ter sido escolhida. Fizemos uma grande preparação, acumulámos experiência e, agora, temos mais dois jogos para mostrar o espírito vietnamita ao Mundo”, finalizou.

Ao lado da ‘capitã’, numa conferência de imprensa com tradução simultânea, como acontece em todos os jogos, o selecionador Duc Chung Mai perspetivou, por seu lado, “um jogo interessante, entre duas equipas estreantes”.

“Portugal está no 21.º lugar do ranking FIFA e o Vietname no 32.º. Portugal vai atacar e o Vietname tem de defender bem e atacar muito rápido assim que tiver a bola”, afirmou o técnico vietnamita.

Confrontado pelos jornalistas vietnamitas, Duc Chung Mai rejeitou a pressão pelo facto de as ‘vizinhas’ Filipinas terem vencido a Nova Zelândia, afirmando, aliás, que o conseguiram porque “tiveram muita sorte”.

“Queremos ganhar e marcar. Temos treinado a defender juntas e a atacar rápido quando tivermos a bola. Contra equipas mais físicas do que nós, não podemos jogar pelo ar, tempos é de jogar rápido”, insistiu o técnico.

O selecionador do Vietname lembrou ainda que já é um “grande sucesso” estar presente no Mundial2023, mas garantiu que a sua seleção está agora muito melhor preparada para estes jogos do que há meses.

“Aprendemos muito nos últimos tempos. Fizemos oito jogos, com equipas como Espanha, Nova Zelândia, Alemanha ou Estados Unidos, equipas de grande nível. Aprendemos muito com elas e estamos mais confiantes, sabendo que podemos fazer melhor”, garantiu o técnico.

Portugal e Vietname defrontam-se na quinta-feira, pelas 19:30 (08:30 em Lisboa), no Waikato Stadium, em Hamilton, com arbitragem de Salima Mukansanga, do Ruanda.

Para continuarem na corrida aos ‘oitavos’, prémio para as duas primeiras colocadas de cada grupo, as comandadas de Francisco Neto precisam de bater as asiáticas, num embate entre estreantes, da segunda ronda do Grupo E.

No mesmo dia, pelas 13:00 locais (02:00 em Lisboa), em Wellington, os Estados Unidos defrontam os Países Baixos, na reedição da final de 2019, então conquistada pelas norte-americanas, que venceram por 2-0.