A avançada portuguesa Diana Silva reconheceu hoje que os Países Baixos têm uma grande equipa, mas garantiu que Portugal tem trabalhado muito para dar uma boa resposta no arranque do Mundial feminino de futebol.

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"Estamos muito entusiasmadas pelo início da competição estar aí a chegar. Temos trabalhado imenso tempo para que seja possível começar da melhor maneira e é isso que estamos à espera. Estamos à espera de fazer um bom jogo”, garantiu a futebolista do Sporting, de 28 anos.

No hotel onde a equipa está instalada em Auckland, a anteceder um treino que passou da manhã para a tarde, devido à incessante chuva, Diana Silva deixou claro: “Todos os jogos são muito importantes e queremos chegar ao fim a depender só de nós”.

“A Holanda é uma equipa muito forte, muito pressionante, muito agressiva nos duelos individuais, mas nós também temos os nossos pontos fortes e vamos tentar que eles apareçam no dia do jogo”, explicou a avançada lusa.

Portugal tem as suas armas: “Somos uma equipa bastante inteligente, rápida, e muito organizada, e temos de conseguir usar esses pontos fortes contra elas".

O Mundial arrancou na quinta-feira e logo com uma surpresa, a vitória da coanfitriã Nova Zelândia, que nunca tinha triunfado em Mundiais, perante a Noruega, por 1-0, em Auckland.

“Uma coisa é teoria e outra é a prática, e acho que não se pode entrar nestes jogos a achar que o resultado vai ser este ou aquele. Tudo é possível e estamos todas em pé de igualdade quando entrarmos dentro de campo”, garantiu.

As neerlandesas são ‘velhas’ conhecidas da formação das ‘quinas’, depois do recente embate na fase final do Europeu de 2022, que terminou com o triunfo dos Países Baixos por 3-2, num jogo em Portugal ainda recuperou de 0-2 para 2-2.

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“Acho que vão ser jogos completamente diferentes, as competições também são diferentes. Espero que consigamos entrar com a mesma qualidade que entrámos nesse jogo contra a Holanda, que foi um jogo bastante positivo da nossa parte. E vamos procurar que também assim seja aqui”, disse.

Nesse jogo, disputado em 13 de julho de 2022, em Leigh, na Inglaterra, Diana Silva marcou o segundo golo luso, então o do empate (2-2), aos 47 minutos.

“Para mim é sempre especial marcar golos, é o meu objetivo enquanto avançada, mas a equipa está em primeiro lugar. Seria para mim tão especial ser eu a marcar, como ser outra a marcar. Para mim, o especial é ganhar este jogo”, garantiu.

A avançada ‘leonina’, com 19 golos em 95 internacionalizações ‘AA’ – pode chegar à centena no Mundial2023 se Portugal atingir os ‘quartos’ -, espera, porém, um jogo diferente.

“Eu acho que um jogo de futebol é sempre diferente, não tem a ver com o adversário. Não podemos achar que o jogo do Europeu vai ser igual a este (...), mas a nossa abordagem vai ser a mesma, vamos com tudo, a acreditar que podemos tirar um resultado positivo. E esperar o melhor da nossa exibição”, disse.

Um resultado diferente é também o que os portugueses esperam, face aos progressos da formação das ‘quinas’.

"Neste momento, as pessoas já esperam um pouquinho mais de nós - é natural, nós também nos colocámos nesta posição. É uma pressão positiva, quer dizer que estamos neste palco, um palco maior. Não acho que a equipa tenha, de todo, de se sentir pressionada. Como disse, vamos para tentar o melhor resultado possível”, garantiu.

E se esse resultado for um empate, não será mau: “Eu acho que o empate é um resultado positivo - não perder pontos (para os Países Baixos) é um resultado positivo -, mas não olhamos ainda à pontuação que podemos tirar deste jogo, olhamos sim para fazer uma exibição bem conseguida, cumprir os objetivos que nos foram pedidos e, no final, fazemos as contas”.

Quanto à tática, Diana Silva garante uma equipa preparada para vários sistemas, nomeadamente o de três centrais, usado no recente particular com a Ucrânia (vitória de Portugal por 2-0).

“Sinto-me igualmente confortável. O selecionador procura sempre que nós entendamos tudo antes do jogo e que sejamos bastante organizadas, e acho que esta equipa está preparada para jogar com esta tática também”.

A formação das ‘quinas’ defronta as neerlandesas, as vice-campeãs mundiais em título, no domingo, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), em Dunedin, na Nova Zelândia, em encontro da jornada inaugural do Grupo E.

Depois do embate com os Países Baixos, Portugal enfrenta o também estreante Vietname, em Hamilton, em 27 de julho, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), fechando o Grupo E face aos Estados Unidos, as vencedoras dos últimos dois Mundiais, em Auckland, em 01 de agosto, pelas 19:00 locais (08:00).

A nona edição do Mundial feminino de futebol realiza-se de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.