A seleção portuguesa feminina de futebol vai jogar o acesso ao Mundial de 2023 na quarta-feira com os Camarões, que venceram hoje a Tailândia por 2-0, nas meias-finais do Grupo A do Play-off Intercontinental.
Um ‘bis’ na parte final da suplente Gabrielle Ouguéné, avançada das russas do CSKA Moscovo, que marcou aos 79 e 82 minutos, depois de entrar aos 74, selou o apuramento do conjunto africano, num jogo que terminou após mais de 23 minutos de descontos.
As camaronesas acabaram o jogo com 10 unidades, e a avançada Gwladvs Ewodo na baliza, face à expulsão, aos 90+12 minutos, da guarda-redes Ange Bawou, que viu o vermelho direto e vai falhar, assim, o encontro com a seleção lusa.
O embate entre Portugal, que se qualificou diretamente para a final do Grupo A, e os Camarões está marcado para as 19:30 locais de quarta-feira (06:30 em Lisboa), no Estádio Waikato, em Hamilton, na Nova Zelândia.
A formação das ‘quinas’ vai tentar a primeira presença de sempre num Mundial, depois de ter estados nos dois últimos Europeus (2017 e 2022), enquanto os Camarões procuram a terceira fase final consecutiva, após terem chegado aos oitavos de final em 2015 (Canadá) e 2019 (França).
Em 2015, na estreia, o conjunto africano foi segundo do Grupo C, atrás do Japão (1-2) e à frente de Suíça (2-1) e Equador (6-0), para, no primeiro encontro a eliminar, cair perante a China (0-1), que perderia nos ‘quartos’ com os Estados Unidos (0-1).
Quatro anos depois, as camaronesas foram terceiras do Grupo E, com uma vitória, face à Nova Zelândia (2-1), e dois desaires, com Canadá (0-1) e Países Baixos (1-3), para, depois, serem afastadas pela Inglaterra (0-3), que acabou no quarto posto.
No total, os Camarões somam três vitórias e cinco derrotas, com 12 golos marcados e 12 sofridos, para um total de nove pontos, que os colocam no 18.º lugar do ranking dos Mundiais, como segunda equipa africana, atrás da Nigéria (14.º), a sua ‘carrasca’ no apuramento continental.
Portugal, que nunca defrontou os Camarões, chega ao encontro decisivo depois de sete vitórias consecutivas, perante Sérvia (2-1), Turquia (4-0), Bélgica (2-1), Islândia (4-1 após prolongamento), Haiti (5-0), Costa Rica (1-0) e, num particular disputado na sexta-feira em Hamilton, a Nova Zelândia (5-0),
A seleção lusa qualificou-se para o Play-off Intercontinental ao ser segunda do Grupo H europeu de apuramento, atrás da Alemanha, e ultrapassar, depois, o Play-off continental, no qual bateu em casa belgas e islandesas.
Para a fase final, estão já definidas 29 das 32 seleções, 11 da Europa, nomeadamente Suécia, Espanha, Inglaterra, Dinamarca, Noruega, Alemanha, França, Países Baixos, Itália, Suíça e Irlanda.
As outras formações já qualificadas são as anfitriãs Austrália e Nova Zelândia, mais China, Japão, Filipinas, Coreia do Sul e Vietname (Ásia), Marrocos, Nigéria, África do Sul e Zâmbia (África), Canadá, Costa Rica, Jamaica e Estados Unidos (CONCACAF) e Argentina, Brasil e Colômbia (América do Sul).
Em caso de apuramento, as comandadas de Francisco Neto juntam-se no Grupo E aos Países Baixos (jogo em 23 de julho), medalhas de prata no último Campeonato do Mundo, Vietname (27 de julho) e às campeãs em título Estados Unidos (01 de agosto).
A fase final do Mundial feminino de 2023 realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.
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