Arrancou terça-feira, com o triunfo do Al-Ittihad, campeão da Arábia Saudita, país anfitrião, por 3-1 sobre o Auckland City, campeão da Oceânia, no play-off da prova. Está, pois, dado o mote para aquela que será a derradeira edição da competição nos atuais moldes, antes do lançamento do novo formato, em 2025.
Mas quem levará a melhor desta vez? Nesta que é a 20.ª edição deste torneio internacional de futebol organizado pela FIFA, que junta clubes das seis confederações continentais, participam desta feita, para além dos já citados Al-Ittihad e Auckland City (agora já eliminado), o Leon, do México, vencedor da Liga dos Campeões da CONCACAF 2023 (em representação da América Central e do Norte), o Al-Ahly, vencedor da Liga dos Campeões Africanos de 2022/23, o Urawa Red Diamonds, do Japão, vencedor da Liga dos Campeões Asiáticos de 2022, o Fluminense, vencedor da Taça dos Libertadores de 2023 (em representação da América do Sul) e, claro, o Manchester City, vencedor da Liga dos Campeões Europeus 2022/23.
O favoritismo, naturalmente, está do lado do City. Não só pelo poderio do plantel que Pep Guardiola tem à sua disposição, mas pela hegemonia que os clubes europeus têm evidenciado nesta competição. Efetivamente, as dez últimas edições da prova foram vencidas por formações europeias. E os clubes europeus apenas por uma vez falharam a presença na final, logo na edição inaugural do torneio, disputada noutro formato e então ainda em moldes experimentais.
O último triunfo de um clube de fora da Europa data de 2012. Autor do feito? O Corinthians, que bateu então na final o Chelsea. Será que, onze anos depois, o Fluminense vai ser capaz de repetir a gracinha dos compatriotas e levar a melhor, pouco tempo depois de ter feito história ao erguer a sua primeira Libertadores? Será certamente um palpite a ter em conta para quem quiser arriscar e aventurar-se nas apostas no futebol e neste Mundial de Clubes.
O Fluminense, tal como o Manchester City, está automaticamente apurado para as meias-finais da prova, marcadas para 18 de 19 de dezembro. A tarefa do emblema carioca, porém, não se adivinha nada fácil. É que, apesar de serem sempre apontados como os principais candidatos a fazerem frente aos colossos europeus, nem sempre as coisas têm corrido bem aos clubes representantes da América do Sul, que nas últimas sete edições falharam por quatro vezes a final.
Poderemos ter, uma vez mais, uma equipa de fora da América do Sul a chegar à final? Se nos outros anos essa possibilidade se veio a confirmar, este ano talvez seja ainda mais real. É que, desta feita, há que contar com o crescimento do futebol saudita e com os reforços que chegaram àqueles lados do globo. O Al-Ittihad conta nas suas fileiras com nomes como Fabinho, N'Golo Kanté, o português Jota ou a estrela da companhia, Karim Benzema.
O emblema saudita está na rota do Fluminense e medirá forças com o clube brasileiro se chegar às meias-finais. Mas para lá chegar terá de afastar, antes, nos quartos de final, os egípcios do Al-Ahly. As odds das principais casas de apostas colocam o favoritismo claramente do seu lado. Valerá a pena uma aposta nos sauditas por parte dos amantes das apostas desportivas? É bom lembrar que na edição de 2022 houve já uma formação da Arábia Saudita (então o Al Hilal) a chegar à final...
No outro embate dos quartos de final, que ditará o adversário do Manchester City nas meias-finais, medirão forças León e Urawa Red Diamonds, com o favoritismo, de acordo com as odds dos principais sites e casas de apostas, a pender para o lado dos mexicanos. Mas no passado já tivemos quer uma equipa mexicana, quer uma equipa japonesa na final da competição, por isso nunca se sabe.
A final deste Mundial de Clubes jogar-se-á, depois, a 22 de dezembro, no no Estádio Rei Abdullah, com capacidades para 62 mil espectadores. Quem será que lá vai chegar?
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