A Liga norte-americana de futebol, denominada ‘Major League Soccer’ (MLS), arranca no sábado, com o Atlanta United a procurar defender o título, o ‘estreante’ FC Cincinnati e os portugueses Nani e André Horta entre as ‘estrelas’ do campeonato.
A principal novidade no campeonato é a adição de uma 24.ª equipa, o FC Cincinnati, que conta com um plantel de jogadores menos conhecidos, à exceção do guarda-redes Przemyslaw Tyton, que representou a Polónia no Euro2012, e do norte-americano Frankie Amaya, que este ano foi a primeira escolha do ‘draft’, um sorteio de jogadores que vão entrar no primeiro ano de seniores, de acordo com o potencial e a performance das equipas.
Outra das mudanças de 2019 é o aumento para 14 das equipas que vão disputar a fase final, sete de cada uma das conferências, Oeste e Este, sendo que os ‘play-offs’ deixam de ter duas mãos e decorrem ao longo de sensivelmente duas semanas, entre o fim de outubro e os primeiros dias de novembro.
Se os New York Red Bulls venceram a fase regular, que conta com 34 jogos, sendo que as equipas das Conferências Oeste e Este se defrontam entre si duas vezes, e fazem um jogo contra cada um dos emblemas da outra conferência, o Atlanta United conseguiu, ao segundo ano de MLS, triunfar nos ‘play-offs’.
Orientados pelo argentino Gerardo ‘Tata’ Martino, antigo treinador do FC Barcelona e selecionador da Argentina, a equipa ‘brilhou’ e venceu todos os jogos a caminho do título, revelando promessas como o paraguaio Miguel Almirón, já transferido para o Newcastle, ou o venezuelano Josef Martínez.
Para a nova temporada, a equipa parte de novo como favorita, agora com o holandês Frank de Boer no lugar de Martino, que quis sair, e o nome sonante das transferências é o argentino Pity Martínez, campeão da Libertadores com o River Plate.
Nos canadianos do Vancouver Whitecaps, orientados pelo luso-canadiano Marc dos Santos, a principal entrada é a do colombiano Fredy Montero, que voltou a sair do Sporting e regressa à MLS, prova em que ‘brilhou’ ao serviço do Seattle Sounders.
A formação de Dos Santos perdeu a principal referência, o jovem Alphonso Davies, vendido ao Bayern de Munique, além do egípcio Aly Ghazal, agora no Feirense, enquanto o Columbus Crew é outro candidato aos ‘play-offs’.
A equipa de Caleb Porter é liderada pelo português Pedro Santos e pelo argentino Federico Higuaín, irmão de Gonzalo, avançado no Chelsea, e a consistência defensiva é uma das suas marcas.
Em Orlando, reside muita da expectativa para uma surpresa, uma vez que o Orlando City contratou o nome de maior nomeada da janela de transferências, o português Nani, que deixou o Sporting pela terceira vez.
O extremo internacional português encontra na formação outro produto da academia dos ‘leões’, João Moutinho, que chegou à MLS por via do ‘draft’, tendo sido a primeira escolha em 2018, para o Los Angeles FC, trocando agora de clube.
A equipa de James O’Connor reforçou-se para tentar chegar pela primeira vez aos ‘play-offs’ depois de um ano de 2018 em que foi 22.ª, entre 23 equipas, o que se nota por Nani e Moutinho, mas também pela chegada do brasileiro Ruan e a renovação do empréstimo do peruano Carlos Ascues, que passou pelo Benfica B.
Em Los Angeles, onde o sueco Zlatan Ibrahimovic continua a autoproclamar-se ‘rei’ nos LA Galaxy, os LAFC entram no segundo ano de existência, depois de terem chegado aos ‘play-offs’ logo na estreia.
Além do mexicano Carlos Vela, nome maior da equipa treinada pelo antigo selecionador dos Estados Unidos e treinador do Swansea, Bob Bradley, há expectativa sobre o português André Horta, o outro ‘designated player’ (jogador com um salário acima do teto autorizado) do emblema.
O médio transferiu-se do Benfica no verão de 2018, findo o empréstimo ao Sporting de Braga, e levou alguns jogos a adaptar-se a um estilo de jogo diferente, pelo que a curiosidade recai sobre ele para um arranque de temporada desde o início.
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