O treinador do PSG, Thomas Tuchel, confirmou recentemente o que a imprensa francesa há muito especulava: o desentendimento com Antero Henrique, diretor desportivo do clube, dando a entender que não está satisfeito com o trabalho do português.
"Devo admitir que estou à espera dele já há alguns dias, mas nunca chega. Procuro-o no duche, na sala dos massagistas, junto dos porteiros e nunca o encontro", disse o treinador dos parisienses sobre Antero Henrique.
Esta segunda-feira, o jornal catalão 'Sport' dá conta de alguns dos motivos deste 'braço de ferro'. A começar pela constituição do plantel. Tuchel começou com uma equipa que incluía 11 defesas, 8 médios e 6 avançados, mas o técnico considerou que precisava de mais um centrocampista, que não lhe foi concedido. Isso obrigou Tuchel a fazer algumas adaptações, e no mercado de inverno o PSG contratou Leonardo Paredes ao Zenit, a troco de 45 milhões de euros. Tentou contratar mais dois, mas não chegou a acordo.
Adrien Rabiot também está no centro da polémica. O internacional francês, que tem sido apontado ao Barcelona, está afastado da equipa principal desde novembro por se recusar a negociar a renovação com o clube, sendo que este afastamento foi ditado por Antero Henrique devido ao colapso das negociações. Tuchel, por sua vez, pretende reintegrar o jogador já este mês.
Há ainda a contratação falhada de Frenkie De Jong. O jovem médio holandês, que era visto como um reforço essencial pelos parisienses que, revela a mesma publicação, ofereciam as comissões mais altas a todos os envolvidos no negócio. No entanto, o jogador do Ajax acabou por se comprometer com o Barcelona, o que serviu para agudizar o clima de tensão entre parisienses e catalães.
À semelhança do que aconteceu na temporada passada, a lesão de Neymar voltou a causar divergências no PSG, de acordo com o 'Sport'. O jogador brasileiro sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito e o clube queria que o avançado fosse operado, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entendeu que o mais acertado seria avançar com um "tratamento conservador". Deste modo, Neymar enfrenta dez semanas de paragem, falhando os jogos dos oitavos de final frente ao Manchester United.
Por outro lado, o jornal catalão aponta para o facto de a Liga dos Campeões, um dos principais objetivos do PSG para a temporada, normalmente agravar os conflitos internos no clube a partir do momento em que a equipa é eliminada. Neste sentido, uma eventual eliminação poderá deitar tudo a perder.
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