O Amiens, despromovido à segunda divisão francesa de futebol, depois de o conselho da Liga francesa de futebol determinar o fim do campeonato, devido à pandemia do novo coronavírus, criou uma petição para alargar a Ligue 1.

“Perante esta de decisão, carregada de consequências que vão contra a equidade desportiva, o Amiens SC pede à Liga profissional que reveja a sua posição e faça a escolha mais justa: uma Ligue 1 com 22 clubes na próxima época”, refere o clube no texto da petição online.

Na mesma mensagem, o Amiens, que estava em 19.º e penúltimo lugar quando o campeonato foi suspenso, apela para que todos os seus adeptos e amantes do futebol apoiem esta sua iniciativa, que hoje conta já com mais de 2.000 assinaturas.

Na quinta-feira, o conselho da Liga francesa oficializou o fim do campeonato, com a atribuição do título ao Paris Saint-Germain, e a descida à Ligue 2 dos dois últimos, Amiens e Toulouse, dois dias depois de o primeiro-ministro, Édouard Philippe, ter anunciado a impossibilidade de retomar a temporada dos desportos profissionais.

A decisão foi também contestada pelo Lyon, não tanto pela classificação, uma vez que ocupava o sétimo lugar, mas por entender que o fim da Liga significa prejuízo na ordem das várias dezenas de milhões de euros.

Segundo a interpretação do Lyon, a posição tomada pelo Governo, através do primeiro-ministro, Édouard Philippe, na Assembleia Nacional, não parecia impor uma paragem tão definitiva da I e II Ligas, tendo também em conta as declarações da ministra dos Desportos, Roxana Maracineuau, que tinha aludido à possibilidade de se jogar em agosto se a evolução da situação sanitária assim o permitisse.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

França tem mais de 168 mil casos confirmados de covid-19, dos quais 24.895 pessoas morreram.