Quatro adeptos radicais do Marselha foram hoje condenados a penas até um ano de prisão pela invasão violenta ao centro de treinos do clube francês em janeiro, quando André Villas-Boas era o treinador.
A pena maior foi para o tesoureiro de um grupo ultra que lançou material pirotécnico para o interior do recinto, mas o ano de prisão com que foi punido pode ser cumprido em casa, com pulseira eletrónica.
O tribunal, que provou ter havido ação concertada de vários grupos radicais, sentenciou um outro prevaricador a 10 meses e os dois restantes agressores a nove meses cada, sendo que nenhum dos quatro chegará a ir para a prisão.
Foi em 30 de janeiro que uns 300 adeptos violentos do Marselha, desagradados com o presidente do clube, Jacques-Henri Eyraud, entraram à força no complexo desportivo ‘Commanderie’, chegando a saquear parte das instalações e a lançar vários artefactos pirotécnicos.
Os invasores levavam cartazes e outras tarjas a classificar a direção como "vergonhosa" e "nojenta".
Os incidentes verificaram-se num período em que a equipa vice-campeã, orientada pelo português Villas-Boas, vinha de quatro derrotas consecutivas em todas as provas.
A polícia interveio e deteve 25 pessoas, com sete dos seus agentes a ficarem feridos.
Estes incidentes levaram ao adiamento do jogo do campeonato com o Rennes previsto para três horas depois, da 22.ª jornada da Liga.
O defesa espanhol Álvaro González foi atingido nas costas por um objeto arremessado pelos adeptos que chegaram a entrar no edifício da estrutura profissional.
O Marselha classificou o ataque como “inaceitável” e os atos de “irresponsáveis”, tendo enviado às autoridades imagens do seu circuito de vigilância de modo a identificar os invasores.
Apesar da intervenção policial, ocorreram "roubos" e foram danificados vários veículos, além de terem ardido cinco árvores, com "danos no interior de edifícios a causarem prejuízos de várias centenas de milhares de euros".
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