Said Chabane, proprietário do clube de futebol francês Angers, foi condenado esta sexta-feira a dois anos de prisão, com um ano de pena suspensa, por agressão sexual a seis funcionárias do clube. Chabane foi julgado por agressão sexual "cometida por uma pessoa que abusou da autoridade que lhe foi conferida através da sua posição".
O empresário de 59 anos, que negou as acusações, recebeu benefício da dúvida em relação a um sétimo caso. Os seus advogados já disseram que irão apelar a decisão do tribunal. Chabane foi uma das forças motrizes por detrás da recuperação desportiva espetacular do Angers, e que incluiu um regresso à Ligue 1 em 2015 após uma ausência de duas décadas.
Chabane descreveu-se como um homem que "começou do nada", um empregador "exigente" e "autoritário", mas que nunca teve um relacionamento "dominante" com sua equipa. O clube, do qual é dono desde 2011, desceu à Ligue 2 no final da temporada 2022/2023, pouco depois de Said ter deixado a presidência do clube nas mãos do filho Romain.
O Ministério Público francês havia pedido três anos de prisão, um deles suspenso, descrevendo o "inaceitável" o comportamento do dirigente com o qual as mulheres que trabalharam com Chabane tiveram de lidar ao longo dos anos.
Ex-funcionárias do clube e da empresa do presidente do Angers e relataram ao tribunal como foram submetidas a abraços forçados e toques nas nádegas e no peito. A primeira denúncia foi feita em janeiro de 2020 por uma funcionária do clube após regressar de uma viagem de negócios a Madrid semanas antes. Seis outras apresentaram com queixas desde então, e que vão de 2014 a 2019.
Chabane também será julgado noutro caso a partir de segunda-feira na região de Paris, neste caso por exercício ilegal da atividade de agente desportivo e lavagem de dinheiro como parte de uma organização criminosa.
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