O treinador do FC Porto acredita que os alegados insultos racistas no jogo da semana passada contra o Manchester City foram um «mal-entendido» e que poderão ter sido os adeptos a encorajar o futebolista Hulk.
A UEFA anunciou hoje a abertura de um processo disciplinar ao FC Porto pela «conduta imprópria dos adeptos» no jogo da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, frente ao Manchester City, que se queixou de atitudes racistas.
Questionado pelos jornalistas ingleses na conferência de imprensa que antecipou o segundo jogo, Vítor Pereira começou por afirmar que nos estádios portugueses não costumam «ter problemas relacionados com o racismo».
«Foi provavelmente um mal-entendido, de certeza absoluta, que será esclarecido de certeza pelas autoridades competentes», considerou o treinador portista.
À segunda pergunta, o técnico insistiu não ter escutado qualquer comentário racista porque estava «focado no jogo e no que se estava a passar nas quatro linhas».
Mesmo assim, arriscou uma explicação para os cânticos alegadamente dirigidos aos futebolistas de etnia africana Mário Balotelli e Yaya Touré.
«Os nossos adeptos muitas vezes dizem ‘Hulk, Hulk, Hulk, Hulk’ mas estão a referir-se ao nosso avançado de grande qualidade, como forma de o motivar», explicou Vítor Pereira
Também o avançado brasileiro admite que tenha sido esta a origem do mal-entendido, apesar de também se desculpar com a concentração no jogo para não ter ouvido os alegados insultos.
«No Dragão escuto isso, principalmente quando vou bater canto. Escuto sempre ‘Hulk, Hulk, Hulk’», afirmou.
Na opinião do jogador, «não houve nenhum racismo», enquanto Vítor Pereira entende não existirem razões para o FC Porto pedir desculpa.
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