O Sporting perdeu no Eithad Stadium por 3-2 diante do "milionário "Manchester City, mas garantiu a passagem aos quartos de final da Liga Europa e estará amanhã no sorteio desta competição. Para os leões marcaram Matías Fernández (33') e Wolfswinkel (40'). A reviravolta do City teve como protagonistas Aguero (60' e 82') e Balotelli (75').
Primeira parte
Perante o registo que o Manchester City tinha até ao momento nos jogos em casa, o Sporting partiu para este jogo com muitas cautelas. A equipa treinada por Sá Pinto estava em vantagem na eliminatória e por isso deu naturalmente a iniciativa de jogo ao adversário.
A verdade é que a formação da casa não se mostrou avassaladora. Procurava através de passes para as costas da defensiva leonina criar situações de perigo, mas deparou-se sempre com um Sporting muito concentrado fazendo-se valer de uma entreajuda constante para superar, com maior ou menor dificuldade, as bolas que surgiam na sua área.
Os leões foram ganhando confiança face ao decorrer dos minutos e começaram então a estender-se no terreno à procura de algo que parecia ser possível de obter: um golo no Etihad Stadium.
Matías Fernández era a unidade mais ativa do Sporting não só pela qualidade de drible que apresentava, mas pela forma como punha a sua equipa a jogar. Aos 33 minutos, Balotelli cometeu falta sobre Insúa e o árbitro marcou livre direto para o Sporting, à entrada da área, descaído para o lado esquerdo.
O chileno foi chamado à cobrança, e fê-lo de forma exímia. Pé direito na bola e esta saiu disparada em arco a fugir ao guarda-redes e entrou mesmo junto ao poste esquerdo da baliza de Joe Hart. Os jogadores do Sporting festejavam de sobremaneira e das bancadas os gritos e a festa dos adeptos leoninos eram bem audíveis. Estava feito o mais difícil.
O Manchester City, ferido no seu orgulho, procurou reagir e partiu de imediato para junto da área do adversário em busca de repor, pelo menos, o empate. O Sporting não se amedrontou, cerrou fileiras e poucos minutos depois respondeu à altura, com mais um golo. O russo Izmailov, de volta às grandes exibições, fez um passe milimétrico e Wolfswinkel (40’), à boca da baliza, fez o 2-0. Foi com este resultado, justo diga-se, com que o Sporting chegou ao intervalo.
Segunda parte
Não satisfeito com o resultado, o técnico Roberto Mancini não perdeu tempo e procedeu rapidamente a alterações. Fez entrar De Jong e Dzeko para tentar dar a volta ao jogo.
A equipa leonina manteve a atitude do primeiro tempo e conseguir suster o ímpeto ofensivo do adversário nos primeiros minutos. A verdade é que jogadores como Aguero fazem a diferença quando lhes é dado um palmo de terreno. Aos 59 minutos, o Sporting permitiu que o argentino recebesse a bola dentro da área e este rematou de pronto, reduzindo o resultado para 2-1.
Ricardo Sá Pinto percebeu que tinha de fazer alterações para segurar o seu meio-campo e, ao mesmo tempo, continuar a ter velocidade na frente. Nesse sentido, fez entrar Renato Neto e Jeffrén. Se nos primeiros minutos as opções pareceram surtir efeito, a verdade é que foi o médio brasileiro que acabou por “borrar” a pintura.
Quando nada fazia prever, o brasileiro cometeu uma falta desnecessária, dentro da área, sobre Aguero, e permitiu que Balottelli, da marca dos 11 metros, fizesse o 2-2.
O Sporting sofria a bom sofrer, mas era altura disso mesmo. Deixar de lado o futebol bonito e vestir o “fato de macaco”. Aguero, na sequência de um canto, fez o 3-2 e o cerco apertou-se sobre a baliza de Rui Patrício.
O Sporting só defendia, o City só atacava, e os sportinguistas na bancada só sofriam. No último lance da partida, o guarda-redes do Manchester City, Hart, subiu até à área do Sporting e teve na cabeça o golo da qualificação da sua equipa, mas Rui Patrício fez uma enorme defesa e a bola acabou por passar ligeiramente ao lado da baliza leonina.
Os deuses estavam com os jogadores do Sporting e eles muito fizeram para merecer esta sofrida qualificação.
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