A noite previa-se fria e o SC Braga entrou forte para aquecer o encontro. Os bracarenses precisavam de regressar às vitórias na Liga Europa, mas deixaram escapar a vantagem e empataram a uma bola diante do Elfsborg.

Carlos Carvalhal mexeu na equipa com várias alterações relativamente ao duelo com o Arouca, possivelmente a pensar no jogo diante do Sporting, este domingo. Ainda assim, foram os arsenalistas a entrar melhor e a fazer os suecos tremer em algumas ocasiões. 

Foi por pouco que o resultado não se alterou no primeiro tempo, mas o guardião do Elfsborg esteve irrepreensível e não deixou que os ímpetos do SC Braga resultassem em golos. 

Na primeira parte, os bracarenses estiveram bem mais competentes do que o adversário e superiorizaram-se no que diz respeito às oportunidades criadas. Os corredores do SC Braga funcionaram bem e, principalmente, Gabri Martinez assumiu-se como o principal desequilibrador. 

Em contrapartida, no segundo tempo, o SC Braga baixou o ritmo e não conseguiu impressionar. Deixou o Elfsborg criar mais lances perigosos e as ideias pareciam esgotar-se. Deixou, perto dos 90 minutos, que os suecos empatassem o encontro.

SC Braga mais forte, mas Pettersson mostrou quem mandava na 1.ª parte

Logo ao segundo minuto de jogo, a formação orientada por Carlos Carvalhal criou a melhor oportunidade da primeira parte. Gabri Martinez arrancou pelo lado esquerdo, ultrapassou os adversários e só parou depois de entrar na área e servir Roberto Fernandez que desviou ao primeiro poste. Foi por pouco, mas Pettersson travou a primeira das várias investidas do SC Braga. 

Nos primeiros 15 minutos, os pupilos de Carvalhal dominaram o encontro por completo e fizeram aquilo que quiseram do Elfsborg. Os suecos deram muito espaço aos criativos bracarenses que aproveitaram para romper na área, com destaque para Gabri Martinez no corredor esquerdo.

A partir dos 17 minutos, os arsenalistas foram tendo mais dificuldades para entrar na área adversária e deixaram de ser eficaz nas ligações entre o meio campo e o ataque. 

O Elfsborg parecia mais capaz e, aos 25 minutos, cresceu no lado direito e chegou pela primeira vez com perigo à baliza de Hornícek. 

Já mais perto do apito para o intervalo, o critério dos bracarenses já não era o melhor e os suecos foram recuperando a posse de bola e impediram que o meio campo do SC Braga ligasse jogo. 

Azar de um lado, sorte no outro

Se por um lado, os arsenalistas tiveram azar por darem de caras com um super Pettersson que foi uma autêntica muralha, na segunda parte podem agradecer o desvio traiçoeiro de Ouma. 

Mas já lá vamos, o rumo do segundo tempo logo a seguir ao intervalo parecia não beneficiar a equipa portuguesa. Os suecos foram sendo mais perigosos e ameaçaram por algumas vezes a baliza de Hornícek. Ricardo Horta e Roger Fernandes - que não esteve propriamente inspirado no primeiro tempo - começaram a ter dificuldades em receber com espaço, refletindo-se em poucas criações no ataque. 

Carvalhal começou a mexer na equipa e as alterações foram como um bálsamos no jogo dos Guerreiros do Minho. 

Aos 66 minutos, o jogo ainda não estava de novo no domínio bracarense quando um lance de bola parada devolveu a esperança de uma vitória. Bruma simulou e Ricardo Horta rematou para o desvio de Ouma que deixou o guardião dos suecos sem hipótese de defesa.

O golo não foi suficiente para sentenciar a partida, ainda que a posse de bola tenha voltado para o comando do SC Braga e o Elfsborg voltasse a correr atrás do prejuízo. Ainda assim, a equipa de Carlos Carvalhal continuava sem impressionar e parecia estar na corda bamba. 

O golpe sueco chegou a cinco minutos dos 90 com um golo saído do banco. Rapp, muito bem tecnicamente, ganhou a frente a Arrey-Mbi e cruzou para a área onde Holten se antecipou a Paulo Oliveira e encostou para o empate. 

Com este resultado, o SC Braga somou a segunda derrota na Liga Europa e conta com quatro pontos em quatro jogos.