Rúben Amorim falou, em conferência de imprensa, após o empate por 1-1, frente à Atalanta, em Bérgamo.
Leitura do empate, que sabe a pouco: "Foi um jogo muito competente da nossa equipa. Foi uma primeira parte que a Atalanta estava muito pressionante e nós como trabalhamos também isso para levar a bola mais de pé para pé, do que transições rápidas, que foi o que fizemos na primeira parte, e mal em Alvalade. Mas mesmo assim sempre que metíamos a bola entre linhas, perdíamos os duelos e não conseguíamos sair do nosso meio campo.
Apesar da Atalanta, desta vez, não criar quase perigo. Teve uma oportunidade e fez e o golo. Depois com o começar da segunda parte, com os jogadores da Atalanta a chegarem mais tarde, nós mais confiantes com a bola, também o Geny e o Edwards com a capacidade de levar a bola e assentar o jogo, mais no meio campo ofensivo da Atalanta, mudou o jogo. Tivemos várias oportunidades, fizemos um golo, a Atalanta teve duas, também fez um golo. Acabamos por ser penalizados. Quanto a mim fomos a melhor equipa. Mas é assim, ficámos em segundo e ficámos aquém daquilo que queríamos".
O que é mais frustrante a qualidade de jogo que não saiu na primeira parte ou os golos que não saíram na segunda? "Não diria a qualidade. É mais difícil numa primeira parte quando os jogadores estão mais frescos, quando nos pressionam mais e quando nós ainda não vemos bem onde está o espaço. Também passámos a semana toda a dizer que temos de fazer o nosso jogo, que temos de sair desde trás e não podemos dar a bola ao adversário e tentámos fazer isso. Mas também há o outro lado, perdemos oportunidades que está 1x1 lá na frente e de alongar mais o jogo para empurrar o adversário.
Custa mais as oportunidades, obviamente. Porque ganha quem faz golos mas criámos as oportunidades e empurrámos a Atalanta lá para trás. Mas nós temos de vencer estes jogos, principalmente quando somos melhores. Isto não tem comparação com Alvalade. Isto não tem uma primeira parte e uma segunda parte. Há uma primeira parte onde o jogo é diferente e a Atalanta está muito fresca e é muito forte nos duelos. Uma segunda parte onde nós mantemos a mesma ideia mas temos mais facilidade em ir para a frente. Depois, claramente que o Marcus e o Geny foram dois jogadores que no 1x1 conseguem levar a bola para a frente, todos estes pormenores contam. Eu diria que me custa muito não ficar em primeiro lugar mas sabemos onde falhámos.
Melhorámos muito do primeiro jogo para o segundo. O que fizemos foi complicar a nossa vida, porque temos mais dois jogos com a equipa da Liga dos Campeões. Mas o objetivo é esse: ir longe na Liga Europa. Falhámos o primeiro lugar porque assumimos que queríamos o primeiro lugar."
A justificação para os resultados que o Sporting não consegue atingir: "Eu não diria que há um problema de mentalidade. Estamos a falar de jogadores que estão à frente da baliza. Acho que a mentalidade não entra aí. Agora, podemos juntar tudo e dizer que nestes jogos temos de os ganhar e temos de arranjar maneira de os ganhar, e o crescimento tem a ver com isso. Não podemos nos agarrar a dizer que fomos muito bons e superiores a equipas boas ou equipas grandes. Tal como foi no dérbi, nós temos de os ganhar e isso é uma questão de mentalidade. Estamos todos a aprender. Eu acho que esse é o passo que temos de dar e é por isso que tenho o discurso do 'tudo ao nada' este ano.
É frustrante chegar aqui e não ganharmos este jogo. Não vou dizer que o Pote tem falta de mentalidade quando foi o melhor jogador durante dois anos e marca muitos golos. A bola bate em dois postes, isso não tem a ver com a mentalidade. Não ganhar hoje e não ganhar no dérbi é uma questão de mentalidade. É um passe que enquanto equipa temos de dar. A forma como o treinador da Atalanta fala do Sporting, nós não pensamos de nós. Que somos a equipa superior, demonstrámos em campo mas não ganhámos. Amanhã ninguém se lembra da exibição do Sporting e é isso que os jogadores do Sporting tem de perceber".
O jogo de Marcus Edwards e St.Juste "O St. Juste é um jogador com caraterísticas invulgares, é muito rápido e que joga muito bem com os pés. Às vezes não precisamos de tanta ajuda como com outros centrais, o que liberta a nossa equipa. O segredo é mantê-lo saudável. Em relação ao Marcus que teve um acidente grave, mas que nem ele nem a outra pessoa ficaram feridas. Nós tivemos de preparar o jogo e eu tinha dito a outro jogador que ia jogar e eu não consigo tirá-lo, mesmo que prejudique um bocado o nosso jogo, eu não consigo fazer isso. Fomos melhores na segunda parte mas podíamos ter ido empatados para o intervalo".
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