Paulo Bento assumiu na conferência de imprensa que o Sporting passou por mais dificuldades do que o necessário para sair de Heerenveen com uma vitória. "Não foi mais dificil do que estava à espera, mas complicámos a nossa tarefa. Ganhámos de forma justa, fomos melhores em vários períodos do jogo e os jogadores estão de parabéns, mas temos de melhorar a gestão dos momentos de jogo e hoje não o fizemos da melhor maneira", disse o treinador leonino, após a importante vitória, por 3-2, na estreia na Liga Europa.
Realçando a "melhor qualidade em termos ofensivos e a boa capacidade de resposta" da equipa, Paulo Bento escusou-se a considerar Liedson como a solução de todos os problemas da sua formação: "Liedson tem uma qualidade e uma influência muito grande na equipa, mas não é um jogador que pode resolver todos os problemas do Sporting."
Quanto a uma eventual falta de maturidade dos seus jogadores em conseguir segurar a vantagem e o controlo da partida, o técnico saiu em defesa dos seus atletas. "Maturidade é uma coisa que se vai ganhando à medida que o tempo vai passando. Temos de valorizar as coisas boas que fizemos e ir à procura da terceira vitória na Liga", concluiu.
Já Liedson preferiu destacar o triunfo em detrimento dos seus três golos. "Todo o mundo está feliz, mas apesar de não fazer três golos há muito tempo, o mais importante foi a vitória. Estamos a subir de rendimento", afirmou o avançado leonino, após a partida em Heerenveen. O Levezinho soma cinco golos nos últimos três desafios depois de uma fase de menor fulgor. Contudo, o número 31 assegurou que esteve "sempre tranquilo" e que o regresso ao campeonato, diante do Olhanense, está já no pensamento dos jogadores. "Já pensamos no Olhanense, que tem um bom treinador, mas vamos lutar pelos três pontos. Só depois pensaremos no que falta para o jogo com o FC Porto".
Quanto a João Moutinho, o capitão do Sporting admitiu que a equipa "podia ter ganho por mais". "Sofremos, mas merecemos por inteiro o triunfo, o que só mostra o quanto estamos a crescer. Escusávamos de ter passado por períodos de sofrimento, que nasceram de faltas de concentração nossas", admitiu, num discurso igualmente reproduzido por Caneira: "Não havia necessidade de sofrermos tanto. Andámos muito atrás do jogo durante os 90 minutos".
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