Tinha de ser diante o lendário da Liga Europa, Sevilha, que Mourinho iria perder a sua primeira final europeia. A AS Roma caiu nas grandes penalidades em Budapeste, depois de estar em vantagem no tempo regulamentar e desperdiçar uma oportunidade no prolongamento.
Aos 35 minutos, Dybala fez o 1-0 que parecia antecipar mais uma noite histórica para o técnico português. O 1-1 surgiu no segundo tempo por um auto-golo de Mancini e, após mais de duas horas de futebol jogado, foi Gonzalo Montiel a ser o herói nas grandes penalidades, depois de já o ter sido no Qatar ao serviço da Argentina.
O Sevilha conquistou a sua sétima Liga Europa.
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Dybala entrou para marcar
Mourinho aparecia em Budapeste determinado em vencer a final e a superioridade frente ao Sevilha foi logo evidente nos primeiros minutos. Aos 12 minutos, a primeira grande oportunidade para os italianos com Spinazzola a testar os reflexos de Bounou, depois de uma jogada que começou nos pés de Dybala.
O internacional argentino foi surpresa no onze de Mourinho e depois "pediu" a bola nos pés para o 1-0. Foi mesmo entrar para marcar e, aos 35 minutos, aproveitou um passe em profundidade de Mancini para marcar. Era impossível esconder a emoção dentro de campo e nas bancadas e só Mourinho pedia calma, porque nada estava ganho.
A verdade é que os italianos ficavam confortáveis ainda numa fase permatura da final, mas o Sevilha também continuava com uma palavra a dizer. Bem antes do intervalo - com sete minutos de compensação - Rakitic aproveitou a meia distância e fez o que melhor sabe. Um remate de pé esquerdo, mas que apenas parou no poste de Rui Patrício. Sorte para o internacional português que a bola, como já tantas vezes vimos, não bateu nas costas e entrou nas redes.
Mancini colocou a bola na baliza errada
No segundo tempo, os espanhóis sabiam que tinham de correr contra o tempo enquanto que Mourinho teria de usar a experiência de tantas outras finais. O Sevilha já com Suso e Lamela em campo, apareceu com outra postura e foi preciso esperar apenas uns minutos para o golo do empate.
Aos 55 minutos, tremenda infelicidade para Mancini que colocou a bola na própria baliza e voltou a abrir as contas da final. Mourinho bem tinha avisado que nada estava ganho e agora eram os Andaluzes a acreditar na prova que bem conhecem.
Dybala acabou por ser substituído aos 68 minutos e pouco depois esteve perto o 2-1 para os italianos. Abraham e Ibañez tiveram o golo nos pés, mas e eficácia e Bounou tiravam o pão da boca aos romanos.
Aos 75 minutos, momento de grande tensão porque o árbitro Anthony Taylor assinalou grande penalidade para o Sevilha. Valeu a intervenção do VAR para se perceber que Ibañez não fez falta sobre Ocampos. Mas a tecnologia da arbitragem não tinha tempo para respirar, porque, instantes depois, ouvia-se pedidos de castigo máximo do outro lado. Uma alegada mão de Fernandinho motivou os protestos, mas nada foi sancionado.
Nos últimos minutos... uma oportunidade para cada lado. Belotti não quis acreditar quando falhou na cara do golo após um livre estudado e, aos 96 minutos, foi Patrício e a defesa dos italianos a salvar a remontada após um primeiro remate de Suso e uma recarga de Lamela. Nada ficava decidido.
Depois de 2003, Mourinho regressou aos prolongamentos para no final... perder
Antes do filme final, olhemos aos números: Este foi o terceiro prolongamento consecutivo nas últimas três finais da Liga Europa. Mourinho, por outro lado, voltava a esta fase das decisões, depois de em 2003 ter batido o Celtic na Taça UEFA ao serviço do FC Porto.
Os 30 minutos que se seguiram foram de clara contenção para as duas equipas. A única segurança que Sevilha e AS Roma tinham eram as grandes penalidades e a postura que se tinha visto ao longo dos 90 minutos era agora bem diferente. Já sem Alex Telles nos espanhóis, que perdiam um grande batedor na possibilidade dos onze metros, não houve qualquer oportunidade criada até ao final da primeira parte.
No último período de jogo, foi Mourinho a mexer, mas mantinha-se o mesmo espírito: ninguém queria marcar e a contenção era clara! Foi preciso esperar até aos minutos finais para afinal haver vontade de resolver tudo no futebol jogado. Aos 122 minutos (já em compensação), foi Rui Patrício a agarrar uma boa que aparecia insistentemente na área da AS Roma e depois uma tripla oportunidade em bola parada para os italianos resolverem tudo. Um erro de Lamela quase parecia comprometer tudo e Smalling ainda cabeceu à barra no último suspiro. Tudo era para ser decidido nas grandes penalidades.
Nos onze metros, pesou a experiência do líder máximo da Liga Europa. Ocampos, Cristante e Lamela foram fiéis à marca dos onze metros. O primeiro a falhar foi Mancini (que já tinha feito um auto-golo), seguido depois de Ibañez. O tiro para a glória ficava a cargo de Montiel e a verdade é que Patrício defendeu. Ainda assim, o VAR apareceu para detetar uma saída do internacional português da baliza e mandou-se repetir a grande penalidade. Foi aí que ficou confirmado o título para os espanhóis.
Escolhas iniciais das duas equipas:
Sevilha - Bono; Navas, Badé, Gudelj, Telles; Fernando, Rakitic, Torres; Gil, Ocampos, En Nesyri.
AS Roma - Patrício; Ibañez, Mancini, Smalling; Spinazzola, Cristante, Matic, Celik; Pellegrini, Dybala, Abraham.
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