A propósito do embate entre o Lyon e o FC Porto, a televisão RMC tentou inteirar-se sobre a passagem de Sérgio Conceição pelo futebol francês, ao serviço do Nantes.
O médio Guillaume Gillet recordou o período em que Conceição orientou o Nantes - entre dezembro de 2016 e junho de 2017.
"Era quase um regime militar. Algumas vezes aparecíamos no balneário para treinar e ele fazia-nos esperar uma ou duas horas e depois chamava-nos, de repente, apitava, e aí sabíamos que o treino ia começar. Foi assim durante duas ou três semanas. Nós comentávamos: 'isto não é possível, não podemos continuar assim, é muito rígido'. Mas percebíamos o que ele estava a tentar fazer. A verdade é que os níveis de pressão eram inesquecíveis", recordou.
O defesa Anthony Walongwa relembra uma história vivida com o o treinador português: "Na altura, precisava de perder alguns quilos. Falou comigo sobre o assunto e disse-me: 'A tua situação é complicada, és suplente, mas não te vou deixar ficar para trás'. Começou a correr comigo no final dos treinos durante 20 a 25 minutos. Ele queria ter guerreiros no relvado, não deixar ninguém de fora. Antes da paragem de Natal, perguntou-me se eu tencionava ir de férias e eu disse-lhe que queria apenas aproveitar alguns dias com a família. Respondeu-me assim: 'Ai é? Vais é ficar aqui a trabalhar com os meus adjuntos'. Achei que estava a brincar, não estava", recordou.
Rémy Riou, um dos guardiões da equipa naquele temporada, falou também de um treino em particular que se realizou já sem luz: "Um dia, estávamos a treinar ao fim da tarde e não havia luz já. O treino começou às 15h e às 17h30 não se via. Estava a ficar cada vez mais escuro e nós no campo. E o Sérgio Conceição não queria parar. Víamos cada vez menos, ele ficava cada vez mais nervoso. Finalmente, lá acabámos o treino com escuridão total. Era uma certa loucura dele", recorda.
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