Situada na costa leste da zona central da República da Irlanda, Dublin é uma cidade moderna, principal referência do país, onde vive mais de um quarto da população irlandesa, com números acima dos 1,2 milhões.
Com um clima marítimo moderado, sem temperaturas extremas, a cidade, dividida pelo rio Liffey, apresenta temperaturas médias que oscilam entre os oito e 19 graus, com Maio a ser habitualmente temperado.
A chuva também é uma característica da cidade, como da zona onde se encontra, mas não cai tão intensa como em outros pontos do país.
A origem do nome da cidade gera dúvidas. Para alguns Dublin deriva do gaélico Dubh Linn, que literalmente significa piscina negra, e, para outros, o primeiro étimo da cidade seria Eblana, mas não há certezas sobre a sua influência no actual nome.
A capital irlandesa poderia ser designada de cidade verde, tal a quantidade de espaços arborizados que possui. Tem o maior número em comparação com qualquer capital europeia, com 97 por cento dos seus habitantes a viverem nas proximidades de jardins.
Esse contacto com a natureza espalha-se por toda a cidade, com maior destaque para o Phoenix Park – distribuído por 707 hectares e que o tornam um dos maiores jardins da Europa -, o Herbert Park e o St. Stephen’s Park.
Os parques servem muitas vezes de palco a concertos, numa cidade habituado a festejos, com vários eventos populares – festivais religiosos, musicais, feira de livros, arte e moda, ou comidas e bebidas -, nomeadamente o St. Patrick’s Day.
O dia 17 de Março é celebrado como um feriado religioso e comemorado por toda a Irlanda, numa festa inundada de figuras de St. Patrick e de um trevo de três folhas, símbolo da trindade sagrada do cristianismo.
É uma das festas em que as famílias irlandesas saem para as ruas de Dublin fantasiadas, numa espécie de carnaval, e comemoram com a bebida mais conhecida da cidade, a Guinness.
O ano de 1759 assistiu ao nascimento da popular cerveja, quando Arthur Guinness abriu em Dublin a famosa fábrica de cervejas com o seu nome e onde permanece até aos dias de hoje, a par de um pulsar de economia a nível da banca, comércio e serviços.
Em Dublin, os monumentos são outra atracção, com enfoque para o castelo, construído em 1204 por ordem do Rei João de Inglaterra, depois da invasão normanda da Irlanda em 1169, mas a sua mais recente obra é a flecha de Dublin.
A flecha, conhecida com o “Monumento da Luz”, é um pináculo em forma de cone, de aço, com uma altura de 121,2 metros e situa-se na rua O’Connell, com o objetivo de assinalar a chegada de Dublin ao século XXI.
Durante o dia, o monumento mostra a imponência em “altos” metros de aço, mas ao anoitecer parece mergulhar no céu.
Com uma história entrelaçada entre passado e presente, Dublin é também o berço de algumas das maiores figuras da literatura mundial: W.B.Yeats, George Bernard Shaw, Samuel Beckett, Oscar Wilde, Bram Stoker ou James Joyce.
Com tão rica história, que inclui a herança das obras de James Joyce, entre elas Ulisses, a cidade foi declarada património mundial literário da UNESCO em 2010, mas é também nas artes ou na música que Dublin tem os seus diletos filhos.
Os actores Colin Farrell e Jonathan Rhys Meyers nasceram na cidade, bem como o músico Bob Geldof ou a renomada banda que atravessa gerações, os U2, liderados por outro cidadão de Dublin, Bono Vox.
A 18 de Maio, Dublin será palco de uma festa diferente, uma festa lusa, com a final da Liga Europa entre o FC Porto e o Sporting de Braga.
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