O treinador Carlos Carvalhal frisou hoje que o Sporting de Braga vai encarar a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa de futebol diante do Rangers, quinta-feira, em Glasgow, para vencer, apesar da vantagem.
Os minhotos venceram em casa na passada quinta-feira por 1-0, com um golo do internacional espanhol Abel Ruiz, e vão tentar passar pela segunda vez na sua história a uma meia-final de uma competição europeia, novamente na Liga Europa.
O treinador frisou que a postura do Sporting de Braga, apesar de estar em vantagem na eliminatória, não será de expectativa, lembrando o jogo com o Mónaco [1-1], da ronda anterior, que carimbou o acesso aos ‘quartos’.
“Não vamos esperar por nada, vamos atirar-nos ao jogo e tentar vencê-lo. Não vamos mudar nada. Há não muito tempo vencemos no estádio do Sporting, no estádio do Benfica e no estádio do FC Porto, clubes que disputam a ‘Champions’, e não fomos a esses estádios jogar para o empate porque senão não tínhamos conseguido. Fomos lá respeitando o adversário, mas para ganhar. Temos grande respeito pelo Rangers, uma grande equipa, um grande treinador, um grande clube, mas o Braga vai a todos os jogos para vencer e amanhã [quinta-feira] não será exceção”, reforçou, na conferência de imprensa de antevisão.
Segundo Carlos Carvalhal, “a mensagem antes do jogo com o Mónaco foi exatamente” a mesma: “’temos uma vantagem de 2-0 [da primeira mão] e vimos aqui para tentar vencer, e estivemos a vencer até aos 87 minutos, não vimos aqui para defender nada’”, disse.
O técnico dos bracarenses notou, contudo, que as atmosferas dos estádios são completamente diferentes e que a do ‘Ibrox’ “tem muito mais influência no jogo do que no Mónaco”.
Contudo, o treinador não teme a previsível atmosfera hostil e apela a que os jogadores a vejam pelo lado positivo.
“Isto é para agarrar com tudo, viver o ambiente no sentido positivo e da transcendência, o stress que temos é positivo, de ambição, de querer viver o momento, mas sempre focados no mais importante que é a tarefa que temos para o jogo”, disse.
Carlos Carvalhal treinou o Sheffield Wednesday e o Swansea no Reino Unido e conhece bem a força do apoio dos adeptos nos estádios britânicos.
“Tentei transmitir aos jogadores a nossa experiência do que são essas atmosferas, que normalmente vemos na televisão e que gostamos delas. Trabalhamos muito para chegar a este nível, treinadores e jogadores e, depois, não faria sentido não desfrutar do lado positivo. Essas atmosferas significam 0,01 por cento porque os jogadores é que jogam”, disse.
Carlos Carvalhal referiu que o Sporting de Braga vai tentar explorar os pontos fracos do Rangers, que os tem como “todas as equipas do mundo”.
“Se jogássemos hoje com o Manchester City eu ia dizer a mesma coisa, que tem muitos pontos fortes e algumas debilidades. Cumpre aos treinadores estudar os adversários, esconder os pontos fortes, que o Rangers tem muitos, e o já fizemos em Braga com um jogo irrepreensível do ponto de vista tático, e tem também algumas debilidades”, disse.
O técnico 'arsenalista' viu o triunfo do Rangers sobre o St. Mirren, por 4-0, fora, da última jornada do campeonato escocês, mas entende que não deu para tirar grandes ilações porque “há uma diferença muito grande entre o Rangers, o Celtic e os outros clubes que torna os jogos mais facilitados e esse foi um deles”.
“Esperamos um Rangers mais esticado na pressão, preparámo-nos bem para isso, queremos levar o jogo para zonas mais confortáveis para nós, esse é desafio, nesta luta vai estar a chave do jogo”, disse.
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