Os futebolistas do FC Porto trabalharam com revolta nos dois dias subsequentes à derrota no terreno dos espanhóis do Atlético de Madrid (1-2), na estreia do Grupo B da Liga dos Campeões, assumiu hoje o treinador Sérgio Conceição.
“Como digo sempre, trabalhar em cima de derrotas nunca é bom. Não só pelo resultado que se teve, mas também pelo estado de espírito. Os jogadores sentiam antes do apito inicial que podíamos ir ganhar à casa do Atlético. No fim, saímos com a sensação de que merecíamos ter levado os três pontos”, admitiu o técnico, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Desportivo de Chaves, no sábado, para a sexta ronda da I Liga.
Os campeões nacionais vão regressar à competição interna três dias depois do deslize europeu, que teve três golos já em período de compensação e proporcionou emoções díspares da semana posterior à derrota no terreno do Rio Ave (1-3), da quarta jornada.
“Se pudéssemos jogar logo a seguir [a Madrid], obviamente que sim, mas há que ver a recuperação dos atletas. A preparação é extremamente curta e tem os seus contras, mas também o lado positivo, que é estar na Liga dos Campeões e agora lutar pelo principal objetivo. Por isso, estamos preparados com as diferentes soluções que temos”, notou.
Afastando repercussões da derrota em Madrid no campeonato, Sérgio Conceição disse que a equipa “devia ter estado mais em jogo” nos instantes finais, já que “o árbitro ainda não tinha apitado”, apesar de o quarto árbitro lhe ter dito que o duelo “já tinha acabado”.
“Claro que me chateia particularmente, pois sabemos onde está a bola, quem é que ia cobrar o canto, que atletas estão na área e aquilo que temos a fazer. Como sabem, nós fazemos uma marcação mista com homens à zona e na marcação ao adversário. Faltou alguma concentração, o que é justificável pelo minuto e por todas as incidências do jogo. Agora, não aceito, porque até ao último segundo temos de estar com o mesmo foco que trazemos quando entramos em campo, mas aconteceu e não há nada a fazer”, apontou.
O treinador ressalvou, porém, que os ‘azuis e brancos’ “foram superiores no jogo todo e mereciam ter vencido”, tendo partilhado com o balneário que “estava muito orgulhoso do trabalho” dos jogadores, que “já deram mostras de serem uns grandíssimos campeões”.
Privado do sérvio Marko Grujić e de Otávio, ambos por lesão, Sérgio Conceição viu hoje Wilson Manafá ser dado como apto pelo departamento clínico do FC Porto para o duelo frente ao promovido Desportivo de Chaves, ainda imbatível nas duas partidas disputadas fora para a I Liga, incluindo um êxito ante o Sporting em Alvalade (2-0), há duas rondas.
“A par do Casa Pia, tem feito um excelente início de época e prova em campo ter atletas interessantes e uma equipa técnica extremamente competente. Cabe-nos pensar naquilo que temos de fazer para desmontar uma boa organização defensiva e estar atentos às saídas do Chaves, que é vertical, incisivo e olha muito para a baliza adversária”, alertou.
O FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 12 pontos, vai receber o Desportivo de Chaves, sexto, com oito, no sábado, às 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro da sexta jornada, com arbitragem de António Nobre, da associação de Leiria.
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