O embate frente ao Liverpool na próxima quarta-feira pode ser decisivo para a continuidade de Carlo Ancelotti no comando técnico do Nápoles.

A segunda temporada do italiano no emblema do sul de Itália não está a correr como esperado, depois do segundo lugar na Série A na temporada passada.

O Nápoles até iniciou da melhor maneira a campanha na Champions, ao bater os campeões europeus Liverpool, por 2-0.

Mas agora o Nápoles depara-se com um ambiente de fricção entre os jogadores.

No início do mês, o presidente Aurelio De Laurentiis impôs à equipa um estágio de uma semana depois da derrota frente à Roma para à Série A, e que fez com que a equipa caísse para o sétimo lugar.

Desde o início, Ancelotti mostrou-se em desacordo com o bloqueio e os jogadores regressaram a casa depois do empate frente ao Salzburgo, três dias depois.

"A relação com o presidente é óptima e nada mudou", referiu o técnico depois de se ter afirmado contra o 'retiro' da equipa.

Ora, De Laurentiis ameaçou vender a equipa e avançar mesmo com ações contra os jogadores, depois da revolta no balneário.

E os atletas já estão a sentir na pele a fúria do presidente. A 'Gazzetta dello Sport' refere que os jogadores vão ser multados, com os ordenados a serem 'cortados' em um quarto.

O brasileiro Allan vai ver o seu ordenado cortado a metade, ou seja, receberá menos 200 mil euros na conta bancária.

No total, os salários dos jogadores vão ser cortados em 2.5 milhões de euros.

Entretanto, o clube impôs um 'blackout', com os jogadores e treinador a recusarem-se a falar depois do empate frente ao AC Milan no último sábado.

Contudo, as regras da UEFA obrigam Ancelotti a falar na conferência de imprensa em Anfield, com o Nápoles a confirmar que o técnico vai estar presente.

O Nápoles ainda está na luta para se qualificar para a fase a eliminar da Liga dos Campeões, já que são segundos no grupo, e com quatro pontos de vantagem sobre o Salzburgo que é terceiro.