Declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, à Eleven Sports, após o triunfo frente ao Bayer Leverkusen (3-0), na BayArena, da quarta jornada do Grupo B da Liga dos Campeões.

Análise ao jogo: "Foi um jogo difícil, de Champions, equipa de um campeonato extremamente competitivo, que joga com uma volta e intensidade grandes. Cabia-nos definir a melhor estratégia para ganhar este jogo como tinha também tido. Houve coisas bem feitas e os jogadores estão de parabéns. Houve coisas que não correram da forma como tínhamos planeado. De qualquer das maneiras, ganhar por 3-0 na Alemanha, penso que desde 2006 que não o conseguíamos fazer. Deixa-nos a todos orgulhosos. Obviamente, queremos a perfeição mas ela não existe. Houve muitas coisas no jogo que foram trabalhadas no Olival e isso deixa-me muito orgulhoso."

Lance do primeiro golo: "Foi preparada essa saída mais longa [no Olival], a aproveitar a subida da linha defensiva adversária. Na saída curta, podíamos ter encontrado mais vezes o nosso médio. Em termos de estratégia, o Galeno também baixou muitas vezes e ajudou o Zaidu. Tentámos matar os pontos fortes do adversário. Se fôssemos mais verticais, exímios, sabíamos que íamos criar muitas dificuldades".

Mudanças para a segunda parte: "Na primeira parte, estávamos por vezes demasiado baixos e daí a entrada do Evanilson, porque as saídas para o ataque não estavam a resultar devido à pressão do adversário, que tem muita qualidade e é indesmentível, mas também por falta de capacidade nossa e, principalmente, pelo comportamento da linha defensiva que queria matar o comportamento em que o Leverkusen é forte, as bolas nas costas. Devíamos ter estado mais subidos no campo na primeira parte como estivemos na segunda. No momento de pressionar, ganhar bola e sair para o ataque, podíamos ter feito melhor na primeira parte."

FC Porto depende de si próprio para se qualificar: "Ainda não conseguimos o mais importante: passar aos oitavos. Esse é o desafio que os jogadores têm. Com este espírito que demonstrámos hoje, com esse foco e determinação em fazer as coisas bem, somos uma equipa forte. Quando baixamos determinadas características que temos como base, aí somos uma equipa banal. De realçar também que são 33 jovens que se estreiam connosco na Champions. É uma maturidade precoce trabalhada no Olival e não é fácil, estamos a competir na melhor prova de clubes do mundo. Mas é de louvar esta juventude toda e darmos cartas e continuarmos competitivos na Europa, que também é o peso da história deste clube."