O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, observou hoje que "não há impossíveis" no futebol, desvalorizando a diferença de orçamento em relação ao Chelsea, na véspera do primeiro encontro nos quartos de final da Liga dos Campeões.
“Quando se entra em campo não se entra a pensar que nós gastámos 25 milhões de euros e o Chelsea 250 milhões no mercado. Não vamos pensar que o Evanilson, que foi o nosso jogador mais caro, custou oito milhões e o deles foi o Havertz, que custou 80. As equipas que jogam connosco na nossa liga podiam pensar o mesmo", garantiu Sérgio Conceição, em conferência de imprensa.
O técnico assinalou que se vão defrontar-se duas equipas que têm “as suas valias, com uma ideia de jogo bem patente no que fazem semanalmente”: “Obviamente, que olhamos para o Chelsea e vemos que os testes semanais são bem mais competitivos do que os nossos. São jogos sempre incríveis, de um grau de dificuldade enormíssimo, e isso é uma vantagem para eles”, notou.
Sérgio Conceição assinalou que a motivação está no nível máximo e a vontade é seguir para as meias-finais da prova.
"Acreditar faz parte desta casa. Quem não acreditar não pode vestir esta camisola. Essa ambição de ir mais longe, de seguir em frente, todos temos aqui", explicou.
O técnico portista não vê vantagem no facto de a equipa inglesa ter perdido para o campeonato na última jornada, com o West Bromwich, penúltimo classificado, por 5-2, considerando mesmo que pode ter servido de alerta para o jogo com os ‘dragões’.
"Vocês sabem que o Thiago Silva foi expulso e isso acaba logo por condicionar o resto do jogo, antes, o Chelsea tinha sido uma equipa extremamente competente e forte, na ‘Champions’ é a segunda melhor defesa, ainda não perdeu. Estas derrotas servem de alerta. Preferia que tivessem vencido o último jogo, é a minha opinião. Estas situações fazem tocar a sirene e meter toda a gente mais alerta para o perigo. Não gosto muito destas derrotas", salientou.
Sobre as dificuldades que espera do adversário, o treinador mostrou ter a lição bem estudada. "O Chelsea tem vários pontos fortes: o Werner ataca a profundidade, o Havertz e o Ziyech jogam bem por dentro, os alas são fortes. É um desafio motivador para a preparação do jogo e sabemos da tarefa que temos pela frente", explicou.
Sérgio Conceição frisou ainda a vontade de jogar no Estádio do Dragão, em vez de Sevilha, o que acontece devido às condicionantes provocadas pela pandemia de covid-19, mas, ainda assim, apontou o espírito de união da equipa que a faz sentir em casa.
"Claro que gostaríamos de jogar na nossa casa, onde temos as nossas cores e a força do azul, dos dragões no balneário... mas isto é como uma casa. Se olharmos para uma casa, ela faz sentido com a família lá dentro. Mas de há um bom tempo a esta parte, a nossa família, os adeptos, tem estado fora. Acho que não faz grande diferença jogar fora do Dragão”, sustentou.
O técnico elogiou os adeptos do clube, num dia em que cerca de 50 elementos das claques do FC Porto se deslocaram ao Olival para apoiar a equipa, antes da partida para Sevilha.
“Agradecemos o apoio, está sempre presente, gostava de ver também no próximo jogo, com o Tondela, em todos os jogos. Têm sido incansáveis no apoio à equipa, é aquilo que tentamos levar para o campo. Só assim conseguimos fazer jogos como já fizemos", recordou.
O FC Porto defronta na quarta-feira, às 20:00 horas (hora de Lisboa), o Chelsea, em Sevilha, em partida da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol.
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