Declarações de Rui Vitória, treinador do Benfica, à TVI, após o empate 1-1 com o Ajax, no Estádio da Luz, a contar para a quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões:
"Falar sobre o azar pode não ser o mais correto, mas vamos analisar o jogo de uma forma mais fria. Entrámos com uma estratégia definida, condicionámos o Ajax numa primeira parte onde não conseguiram ir à nossa baliza, praticamente. Na segunda parte tivemos aquela infelicidade com as duas substituições, mas o adversário nunca esteve próximo da nossa baliza. Olhando com frieza, fizemos uma exibição consistente, reativa, estávamos prontos para matar o jogo com o segundo golo. O futebol é assim, no minuto 92 lá aconteceu aquele golo, e se acontecesse aqui nós estaríamos por cima. Este último lance do jogo reflete a fase em que estamos".
"O último lance acaba por ser elucidativo. É mesmo assim, às vezes do nada sai um golo e noutras não sai. Mas quero realçar que não ganhámos o jogo, mas ganhámos mais qualquer coisa porque passar por esta fase turbulenta, esta reação que os jogadores tiveram dentro do campo... Tínhamos pensado assim o jogo. Isto é a minha decisão de treinador, mas efetivamente não ganhámos e era isso que queríamos. O futebol é mesmo incrível, porque lá e cá, no mesmo minuto, ia fazendo toda a diferença".
[Benfica deixa de depender de si próprio] "É algo que não passa pela nossa cabeça. Até não termos essa possibilidade vamos lutar. É evidente que uma vitória dava um alento grande, mas há matemática e vamos acreditar. Hoje temos a noção da reação da equipa, os jogadores tiveram enorme concentração, entreajuda, uma entrega fabulosa e merecíamos por isso uma vitória. Foi muito equilibrado, sem o adversário com oportunidades de golo, nós também com muito poucas, mas tínhamos um aspeto positivo do jogo: a coragem, querer ir para o jogo para ganhar, mas não tivemos essa estrelinha".
[Titularidade de Gabriel] "A equipa do Ajax tem uma construção muito boa, nomeadamente nos médios centro com uma dinâmica boa. A partir dali começa tudo, é o centro do jogo, começam ali as ligações e era fundamental limitar essa construção com Gedson, Fejsa e Gabriel. Praticamente controlamos essa vertente. Saímos muito rápido para o ataque".
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