Armero (24') fez o primeiro golo da partida para a Udinese, mas Ruben Micael (71'), recém-entrado, igualou o encontro. Depois só houve mais golos através da marcação das grandes penalidades e o madeirense voltou a brilhar ao marcar o tento decisivo.
O SC Braga de José Peseiro deu hoje mais uma prova da sua personalidade vincada esta temporada. Perante um ambiente sempre quente em Udine, o SC Braga nunca se deixou intimidar e foi sempre mais equipa ao longo de todo o jogo.
Os italianos não gostavam do que viam e, em certos momentos, eram audíveis os assobios vindos da bancada. Só o guarda-redes Brkic e a desinspiração de um ácido Lima não permitiram que o encontro depressa ficasse resolvido para a equipa bracarense.
Na primeira parte, o cinismo dos italianos acabou por surtir efeito. Ataque pela certa e lá estava Armero, de cabeça, a dar uma vantagem que a Udinese não fazia por merecer.
No banco, o treinador José Peseiro bem incentivava os seus jogadores que, algo cabisbaixos, parecia terem perdido a crença de que podiam abrir o cofre dos milhões e aceder à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Fez bem o intervalo e, mais tarde, a entrada de Ruben Micael. Até porque, como diz um anúncio conhecido da nossa praça: a solução estava no banco.
O médio português já tinha estado endiabrado para o campeonato ao marcar dois golos no passado fim de semana e hoje voltou a ter aquela estrelinha. No sítio certo, Ruben Micael apareceu no coração da área a cabecear para o fundo das redes, empatando tudo: o jogo e a eliminatória.
Era notória a desorientação dos italianos. Estavam claramente subjugados à força e garra deste guerreiro Braga. A bola andava, e só andava, na área da Udinese.
Já perto dos 90 minutos foi visível que as duas formações se retraíram. O medo de errar era muito e o prolongamento estava ali ao virar da esquina. Assim se seguiu para o tempo extra, onde nada mudou. Sempre mais Braga, mas o golo teimava em não acontecer.
Depois de já ter feito entrar Ruben Micael e Paulo César, José Peseiro aproveitou a segunda parte do prolongamento para esgotar as alterações. O treinador arriscou tudo com a entrada de Éder.
Porém o tempo extra não trouxe o que se esperava: golos. Houve oportunidades para os dois lados, mas tudo ficou por se decidir através da marcação de grandes penalidades.
Aí fez-se justiça por tudo o que se viu em Udine. Ruben Micael voltou a estar em destaque e marcou o penálti decisivo que abriu finalmente o cofre da Liga milionária.
Comentários