O Real Madrid garantiu um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões, ao eliminar no Ethiad o Manchester City, atual campeão europeu. Depois de 120 minutos de domínio absoluto dos campeões ingleses, os espanhóis foram mais eficazes nos penáltis, venceram por 4-3 e vão defrontar o Bayern Munique na próxima fase.
Nos penáltis, Modric falhou para o Real, Bernardo Silva e Kovacic para o City.
Rodrygo para o Real Madrid e Kevin de Bruyne para o Manchester City fizeram os golos nos 120 minutos.
Real Madrid: um hino à resistência
O 3-3 no Bernabéu deixava tudo em aberto para o segundo jogo no Ethiad. Os cityzens tentavam repetir a goleada da época passada quando eliminaram os blancos nas meias-finais, a equipa merengue tinha em mente a vingança.
No lado dos cityzens, Rúben Dias e Bernardo Silva foram titulares, Matheus Nunes não saiu do banco.
Como se esperava, o jogo começou com a equipa de Guardiola a tomar conta do jogo, num cerco à área do Real, na procura dos espaços para bater Lunin. Os merengues defendia com todos atrás da linha da bola e tentavam espreitar a velocidade de Rodrygo e Vini Jr nos contra-ataques.
Camavinga ameaçou de longe, aos 11, Ederson segurou. E aos 12, surgiu o primeiro golo do encontro. A defesa do City estava muito subida, na linha do meio-campo. Carvajal bombeou uma bola, Bellingham saiu no limite do fora de jogo, ainda do seu meio-campo, meteu em Vini Jr que cruzou para Rodrygo bater Ederson à segunda, já que o guardião tinha defendido o primeiro remate do avançado.
Respondeu a equipa inglesa, com Bernardo a ameaçar e depois Haaland a falhar em duas ocasiões. Na primeira cabeceou por cima um centro de Graelish, aos 17, aos 20, depois de uma bola de De Bruyne e de muita atrapalhação, o norueguês atirou à barra de Lunin.
A equipa de Guardiola tentava, sempre paciente, com a bola passar por todos os corredores, mas o melhor que conseguia era acumular cantos. E aí, Kevin de Bruyne tentava bater Lunin com cantos diretos mas o ucraniano estava atento.
Se é verdade que o Manchester City ia conseguindo impedir os contra-ataques do Real Madrid, exceptuando o lance do golo, também é verdade que os merengues estavam a conseguir defender melhor em relação ao jogo no Bernabéu, com muita interajuda entre os jogadores.
O jogo continuava a desenrolar-se em 35 metros de terreno, mas o City voltou dos balneários mais agressivo, a tentar forçar o andamento para empatar a partida e a eliminatória. Aos 48, Lunin teve de se aplicar para travar um remate em vólei de Grealish, aos 52 é Nacho que quase fazia autogolo, ao tirar a bola de Haaland que se tinha antecipado ao guarda-redes.
Depois de tanto tentar, o Manchester City finalmente marcou, aos 72 minutos. Doku, que entrou no lugar de Grealish, meteu em De Bruyne, o belga rematou de pé esquerdo para o fundo das redes. Loucura no Ethiad e eliminatória empatada.
De repente, o encontro tornou-se num jogo de De Bruyne. O belga teve três boas oportunidades para voltar a marcar: aos 79 rematou em arco para grande defesa de Lunin. Aos 82 teve o 2-1 nos pés, num centro atrasado de Doku mas atirou por cima, de forma escandalosa.
O jogo foi para prolongamento, onde as pernas começaram a faltar. No entanto, o jogo não mudou: City a mandar, Real acantonado lá atrás a defender como podia. Doku ia sendo o mais perigoso, Kevin de Bruyne e Bernardo também tentavam algo. Julian Alvarez tinha entrado para o lugar do apagado Haaland.
No final do primeiro tempo do prolongamento, o Real Madrid teve uma grande oportunidade para marcar. Numa bola metida na área por Brahim Diaz, Akanji falhou e Rudiger, que tinha subido para a área, desperdiçou, com um remate por cima. Tinha tudo para marcar.
O resto do jogo não teve história.
Nas grandes penalidades, o Real Madrid até falhou o primeiro remate, por Modric, mas o Manchester City fez pior, com Bernardo e Kovacic a permitirem a defesa a Lunin. O Real venceu por 4-3 nos penáltis e vai medir forças com o Bayern Munique nas meias-finais.
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