18 de agosto de 2020 - Jogava-se a primeira meia-final da Liga dos Campeões na atípica 'final 8 de Lisboa'. PSG e Leipzig. O estádio da Luz era o palco. Dois quase novatos nestas andanças...os alemães estreavam-se nesta fase da prova. Os dois procuravam um sonho: Atingir pela primeira vez a final da Champions e estarem assim a apenas um jogo de poderem 'acariciar' a 'orelhuda'.
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Dois emblemas, separados por culturas e pela geografia, mas também com tanta coisa em comum. Acusados de serem clubes dos milhões e do sistema: Um dos petrodólares e o outro da gestão financeira que faz dos seus recursos através da potencialização de jovens promessas. Dois clubes sem histórias seculares: Um nasceu há 50 anos, o outro há apenas 11. Contudo, nos últimos anos anos já escreveram capítulos desportivos que muitos clubes nem em sonhos poderiam almejar.
Com a meia-final na Luz vedada ao público, adeptos dos dois emblemas e também do desporto rei, distribuíram-se pela capital por todos os cantos. O critério para ocupar uma mesa era simples: Uma televisão com a transmissão do jogo, um cerveja bem gelada e de preferência um bom petisco português.
O Mercado da Ribeira foi um dos locais que mais atraíram os adeptos, até porque comer bem e ver futebol ainda continua a ser um dos grandes prazeres por terras lusitanas. As filas e a concentração de pessoas avolumava-se à medida que a hora do início do encontro se ia aproximando. Todos queriam ter a melhor perspetiva possível do tapete verde mostrado pelos dois ecrãs presentes no espaço. E dadas as restrições devido à COVID-19, não era invulgar ver pessoas de pé, a degustar o seu pastel de nata, enquanto expressavam todos as emoções possíveis e inimagináveis que são possíveis de vislumbrar pelo ser humano quando este vê uma bola a rolar: Alegria, sofrimento, irritação...
Os franceses ocupavam ´quase´ todo o estádio improvisado no espaço que mora junto ao Cais do Sodré e que está plantado quase à beira Tejo. Entende-se a invasão gaulesa...até pela ligação a forte ligação a Portugal. Já no caso dos germânicos era escasso o movimento pelo Mercado...Não nos foi fácil descobri-los, numa missão a fazer lembrar os 'livros do 'Onde está o Wally'.
O espaço estava sobretudo pintado por camisolas de Neymar ou Mbappé, os artistas que podiam decidir a contenda para o PSG. Os heróis que abanaram as redes acabaram por ser outros. Um até já jogou em Portugal e no Benfica. O jogo só enervou os adeptos dos franceses nos primeiros minutos, mas acabou por inclinar-se sem sobressaltos para conjunto orientado por Thomas Tuchel. No segundo tempo, nem o inovador Julian Nagelsmann teve mestria para virar o tabuleiro. O xeque-mate acabou por acontecer no início de segundo tempo com o golo de Bernat.
Acabou assim o conto de fadas do Leipzig na Liga dos Campeões (3-0). Já o PSG está sedento de história e de escrever novos pergaminhos na Europa do futebol. Alguns dos jogadores têm a noção de que esta será a derradeira oportunidade para conquistarem algo de verdadeiramente importante ao serviço dos réis de Paris.
O PSG aguardam agora o adversário na final, que sairá do confronto entre o Bayern e o Lyon.
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