O duelo entre Paris Saint-Germain e Borussia Dortmund, que terminou com a vitória dos parisienses por 2-0 e respetiva passagem aos quartos de final, ficou marcado pela multidão que se juntou no exterior do Parque dos Príncipes.

Em circunstâncias normais, nada disto seria grave. Mas os tempos que vivemos são tudo menos normais e no dia do jogo, dia 11 de março, foi o dia em que a Organização Mundial de Saúde decretou que a COVID-19 era uma pandemia.

O jogo foi realizado à porta fechada como forma de evitar um aglomerado de pessoas no recinto, contudo a polícia parisiense autorizou que os adeptos se reunissem no exterior do estádio.

Isto pode ter levado a que a partida tenha sido um foco de contágio. Na edição digital do jornal francês 'Le Parisien', Romain Mabile, lider da claque parisiense 'Collectif Ultras Paris' CUP, revela que vários membros da claque contraíram o vírus.

"Existem alguns membros da CUP que declararam ter o vírus, mas não se sabe se o contrariam nesse dia, antes ou depois. Não existem casos graves, apesar de uma ou duas pessoas terem estado para ligar para as urgências", disse Mabíle.

O líder da claque conta que na altura pensaram que não seria perigoso, uma vez que estavam ao ar livre e a polícia aprovou que se juntassem no exterior.

"Na altura disseram-nos que não era perigoso porque estávamos ao ar livre e o acordo com a polícia reforçou essa ideia. Olhando agora, sim, foi arriscado. Se soubessemos o que ia acontecer nas semanas seguintes, tinhamos ficado em casa", concluiu.

Um dos fãs presentes, Matthieu, afirma que naquele dia "a paixão levou a melhor sobre a razão".

Contudo, afirma: "Não me arrependo porque é uma coisa que vai ficar para sempre na minha memória".