Estreia para esquecer de João Pereira como treinador nas provas da UEFA. O Sporting foi goleado esta noite em Alvalade por 5-1 pelo Arsenal, na 5.ª ronda da fase de Liga da Champions League. Os londrinos dominaram o jogo do início ao fim e construíram um resultado volumoso e castigador para os campeões nacionais.
Martinelli, Havertz, Gabriel Magalhães, Saka e Trossard marcaram para os 'gunners', Gonçalo Inácio tinha reduzido para 1-3 no início do segundo tempo.
No primeiro jogo europeu pós-Amorim, o Sporting sofre uma pesada derrota, num jogo onde a eficácia londrina fez a diferença.
O Sporting mantém os 10 pontos mas é igualado pelos londrinos na tabela.
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45 minutos de domínio 'gunner'
10 minutos foi quanto durou o Sporting para engendrar o primeiro ataque em Alvalade, quando o Arsenal já vencia. Sinal de que a noite seria difícil.
Os londrinos montaram acampamento perto da área leonina, liderados por Martin Odegaard, especulando com a bola e com o espaço, pacientes, à procura da oportunidade para desferir o golpe. Quando o Sporting tentava sair, era imediatamente abafado pela pressão dos 'gunners'.
O primeiro momento de silêncio foi costurado na direita, com os esquerdinos Bukayo Saka e Odegaard, ajudados por Timber. O neerlandês centrou no limite do fora de jogo para o segundo poste onde apareceu Martinelli, a fugir a Quenda para desviar para a baliza deserta.
Era o corolário do domínio londrino no tapete verde de Alvalade, perante um Sporting que chegava sempre tarde nas divididas.
O 2-0 surgiu com alguma naturalidade, aos 22 minutos, novamente 'cozinhado' no lado direito do ataque londrino, esquerda da defesa leonina. Maxi Araújo sentia dificuldades perante Saka, Odegaard descaía na meia esquerda para receber e lançar. Timber era preocupação de Marcus Edwards. Partey lançou Saka nas costas do uruguaio, o internacional inglês antecipou-se a Franco Israel e deu um pequeno toque para o germânico Kai Havertz encostar na pequena área. Tudo simples.
Momento aproveitado por alguns adeptos do Sporting lançar fogo de artificio no topo norte do Estádio de Alvalade, já depois de alguns terem lançado tochas e outros elementos pirotécnicos no topo sul. É preciso lembrar que o Sporting tem pena suspensa da interdição de um sector por parte da UEFA, exatamente por causa da pirotecnia.
A vantagem de dois golos permitiu ao Arsenal 'descansar' mais no seu meio-campo, dando ao Sporting mais tempo com a bola. Quenda e Gyokeres tentavam aparecer, Trincão a espaços. O jovem internacional sub-21, de apenas 17 anos, disparou uma 'bomba' que Raya desviou para canto com a ponta das luvas, aos 44.
Se o 2-0 era castigador do que tinha sido o primeiro tempo, o 3-0 foi pesado. Num dos momentos de jogo onde é muito forte - um dos melhores do mundo a marcar a partir de cantos -, o Arsenal fez o 3-0, aos 45+1. Declan Rice bateu o canto puxado ao segundo poste, Gabriel Magalhães apareceu entre Diomante e St. Juste para desviar de cabeça para o 3-0.
Gonçalo Inácio lidera revolta, Diomande estraga reação
O segundo tempo trouxe outro Sporting, mais acutilante nas marcações, mais agressivo na procura da bola. Morita mostrou a nova face do Leão num tiro de fora da área que Raya defendeu com dificuldades, para canto. Na sequência do canto, batido por Trincão, Gonçalo Inácio desviou ao primeiro poste para a primeira explosão de alegria em Alvalade. 1-3 no marcador.
O Sporting passava a acreditar, assim como os 47386 espetadores que marcaram presença em Alvalade.
O jogo tinha virado e agora era o Arsenal que tinha dificuldades em ligar o seu jogo. Das bancadas vinha o apoio necessário, com o público empolgado, tentando empurrar a equipa para a frente.
Mas uma asneira de Diomande travou as intenções leoninas, aos 64 minutos. Mais uma jogada fantástica de Odegaard, a ganhar o ressalto na área, antes de ser atropelado pelo central costa-marfinense. O árbitro polaco Szymon Marciniak, bem colocado, nem pestanejou e assinalou grande penalidade, superiormente marcado por Bukayo Saka. Bola bem puxada e com força, junto à malha lateral da baliza. 4-1 para o Arsenal.
O árbitro optou por não castigar o central leonino com um cartão amarelo, que seria o segundo.
João Pereira foi banco tentar algo, lançando Daniel Bragança e Geny Catamo nos lugares de Maxi Araújo e Marcus Edwards. A ala esquerda, que pouco ou nada ajudou, defensiva e ofensivamente, seria renovada. No Arsenal, Arteta lançou Trossard e Mikel Merino e retirou Declan Rice e Gabriel Martinelli do campo.
O Sporting nunca baixou os braços, mantendo-se sempre na procura de marcar, apesar da força dos números no marcador. Hjulmand teve o segundo dos leões nos pés, mas David Raya voltou a brilhar, aos 73 minutos. No minuto seguinte é Trincão a rematar ligeiramente por cima, após excelente de combinação atacante dos leões, quase sempre ao primeiro toque.
Mas a resposta do Arsenal foi muito cruel. Minuto 82, novo golo do Arsenal. Com tanto espaço na defesa, Mikel Merino disparou de pé esquerdo, Franco Israel defendeu para a frente onde apareceu Leandro Trossard a desviar de cabeça para a baliza deserta para o 5-1.
No último suspiro viu-se finalmente Gyokeres: o sueco bateu o polaco Kiwior em velocidade e disparou com muita força, a bola bateu com estrondo na barra.
No final, palmas e cânticos dos adeptos para os jogadores leoninos, apesar do resultado desnivelado.
O Arsenal iguala o Sporting com 10 pontos, nesta que foi a primeira derrota dos leões na nova Champions. Os campeões nacionais terminam o dia de hoje na 9.ª posição, um lugar abaixo do apuramento direto para os oitavos de final, mas ainda em zona de play-off.
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