O Manchester City, favorito a vencer a prova pela primeira vez, e o Chelsea, 22.ª e última equipa a entrar no historial, em 2011/12, disputam sábado no Estádio do Dragão, no Porto, a quarta final ‘lusa’ da ‘Champions’.

Na segunda decisão consecutiva em Portugal, depois do 1-0 do Bayern ao Paris Saint-Germain na Luz, em 2020, a equipa de Pep Guardiola, e de Rúben Dias, Bernardo Silva e João Cancelo, parte por ‘cima’ para a terceira final 100% inglesa, depois de uma época em que já venceu a Premier League e a Taça da Liga inglesa.

Por seu lado, o Chelsea tem a derradeira hipótese para alcançar um troféu em 2020/21, na segunda final, depois de ter perdido para o Leicester (0-1) a da Taça de Inglaterra, prova em que, nas meias-finais, afastou os ‘citizens’, com um 1-0 em Wembley.

Na Premier League, os ‘blues’ conseguiram também vencer no Etihad, por 2-1, em 08 de maio, adiando então o já inevitável cetro do conjunto de Manchester, depois de, na primeira volta, em Stamford Brige, em 03 de janeiro, ter vencido o City (3-1).

O confronto direto em 2020/21 é, assim, favorável aos londrinos, mas, em termos globais, o City voltou a ‘reinar’ em Inglaterra e agora que estender as suas ‘garras’ à Europa, na primeira final da ‘Champions’, que há muito perseguida.

Na quinta temporada no comando da equipa, Guardiola, que venceu as duas finais disputadas pelo FC Barcelona, curiosamente com o Manchester United (2-0 em 2008/09 e 3-1 em 2010/11), está a um passo de concretizar o objetivo para o qual foi contratado.

Por seu lado, o alemão Thomas Thuchel, que só chegou ao Chelsea em janeiro, para substituir Frank Lampard, procura ‘emendar’ o desaire na final da época passada, ao comando do PSG, e repetir o que fez o italiano Roberto Di Matteo quando entrou para o lugar do português André-Villas Boas a meio da época 2011/12.

O City não aparece no Dragão no momento mais alto da época, que viveu de 19 de dezembro de 2020 até 02 de março, com 21 triunfos consecutivos em todas as provas, mas, mesmo a ‘meio gás’, mostrou no fecho da Premier League, estar preparado (5-0 ao Everton).

Tendo em conta o que foi apresentando na ‘Champions’, e apesar de ter muitas soluções, Guardiola deverá apostar numa equipa sem nenhum avançado de raiz, deixando no banco Agüero, que se vai despedir, Gabriel Jesus, Sterling e Ferrán Torres.

A aposta deverá ser num ataque móvel, com Mahrez, Foden e Bernardo Silva, apoiados por De Bruyne e Gündogan, com Rodri como médio mais posicional à frente da defesa, que deverá ser composta por Kyle Walker, Stones, Rúben Dias e Zinchenko (ou João Cancelo), à frente do guarda-redes Ederson.

Por seu lado, o Chelsea surge mais ‘descansado’ no Porto, depois de ter conseguido garantir no domingo um lugar na ‘Champions’ 2021/22, ao acabar a Premier League no quarto lugar, mesmo perdendo 2-1 fora com o Aston Villa. Valeu-lhe o desaire caseiro do Leicester face ao Tottenham (2-4).

Face aos ‘citizens’, Tuchel poderá apostar num ‘onze’ similar ao de Birmingham, um 3-4-2-1 com os centrais Reece James, Thiago Silva e Rüdiger à frente de Mendy, mais dois médios centrais, que poderão ser Kanté (ou Kovacic) e Jorginho, ficando Azpilicueta e Chilwell nas laterais.

Mais à frente, Mount e Pulisic (ou Havertz) devem ser as escolhas para jogar no apoio ao ponta de lança Werner.

Os londrinos não são os favoritos, mas também não o eram quando conquistaram o seu único título, há nove anos, com um triunfo por 4-3 nos penáltis face ao Bayern Munique, que atuava em casa e adiantou-se aos 83 minutos, por Müller. Drogba empatou aos 88.

Antes, em 2007/08, o Chelsea tinha perdido a primeira final 100% inglesa face ao Manchester United, de Cristiano Ronaldo, também nos penáltis (5-6, após 1-1 nos 120 minutos). Na segunda entre ingleses, em 2018/19, o Liverpool bateu o Tottenham por 2-0.

No percurso rumo à final, os ‘blues’ (oito vitórias e três empates) só perderam um encontro, na receção, em Sevilha, ao FC Porto (0-1), enquanto os ‘citizens’ (11 vitórias) só não ganharam face aos ‘azuis e brancos’, no palco da final (0-0).

O Estádio das Antas será palco da quarta final da principal prova europeia em solo luso, depois de uma no Estádio Nacional (vitória do Celtic sobre o Inter, em 1965/66) e duas no Estádio da Luz (triunfos do Real Madrid sobre o Atlético de Madrid, em 2014, e do Bayern Munique face ao Paris SG, sem público, em 2019).

A final da edição 2020/21 da Liga dos Campeões, entre os ingleses de Manchester City e Chelsea, realiza-se no sábado, a partir das 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, com um terço da lotação e arbitragem do espanhol Mateu Lahoz.