
Liverpool e FC Barcelona ficaram hoje mais próximos dos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, triunfando pela margem mínima na primeira mão, enquanto Bayern Munique e Inter Milão lograram vantagens mais folgadas.
No Parque dos Príncipes, um golo de Harvey Elliott (87 minutos), que tinha substituído o egípcio Mohamed Salah segundos antes, valeu ao Liverpool uma vitória fora perante o tricampeão francês Paris Saint-Germain (1-0), dominador durante quase todo o encontro.
Com Nuno Mendes, Vitinha e João Neves de início e Gonçalo Ramos desde o minuto 78, os anfitriões encheram-se de posse de bola (65% contra 35%), ataques (84-26) e remates (28-2), mas esbarraram invariavelmente na inspiração do guarda-redes Alisson Becker e averbaram a primeira derrota em 2025, após 22 jogos sem perder e 10 vitórias seguidas.
Se o Paris Saint-Germain, comandante da Ligue 1, precisa de reverter a desvantagem na segunda mão, em 11 de março, em Inglaterra, de forma a manter-se na luta pelo primeiro título europeu, o Liverpool, que utilizou Diogo Jota até aos 67 minutos e lidera a Premier League, continua firme na busca pelo sétimo, após já ter finalizado a fase de liga no topo.
Logo atrás tinha ficado o FC Barcelona, que se voltou a impor tangencialmente em Lisboa ao Benfica (1-0), mesmo jogando quase 70 minutos em inferioridade numérica, um mês e meio depois dos invulgares 5-4 aplicados na sétima e penúltima jornada da primeira fase.
Um golo de fora da área do brasileiro Raphinha (61 minutos), ex-avançado de Vitória de Guimarães e Sporting, que já tinha marcado por duas vezes no embate de 21 de janeiro, decidiu o embate a favor dos espanhóis, que viram Pau Cubarsí ser expulso com cartão vermelho direto aos 22, quando o grego Vangelis Pavlidis sofreu falta à entrada da área.
O Benfica, bicampeão em 1960/61 e 1961/62 e único clube português em prova, ‘pagou’ pela reiterada ineficácia e desfez um ciclo de oito jogos sem perder nas diversas provas perante o líder da Liga espanhola e vencedor da prova por cinco vezes, que permanece invicto em 2025 e acumula agora 125 golos em 41 jogos esta época, 29 na ‘Champions’.
Mais desnivelada ficou a eliminatória alemã entre Bayern Munique e Bayer Leverkusen, graças ao triunfo do primeiro classificado e vencedor de 11 das últimas 12 edições da Bundesliga na receção ao campeão germânico em título e atual vice-líder da prova (3-0).
O inglês Harry Kane (nove e 75 minutos), que marcou o segundo de penálti para chegar aos 75 golos em 79 desafios pelos bávaros, e Jamal Musiala (54) distanciaram o Bayern, com João Palhinha a entrar já aos 89, ficando Raphaël Guerreiro no banco de suplentes.
A expulsão de Nordi Mukiele (62 minutos) dificultou ainda mais a missão do Leverkusen, que já não perdia há dois anos e meio com o clube de Munique, detentor de seis cetros.
Antes dos três jogos da noite, o Inter Milão, três vezes campeão europeu e líder da Liga italiana, bateu em Roterdão os neerlandeses do Feyenoord (2-0), vencedores em 1969/70, com tentos do francês Marcus Thuram (minuto 38) e do argentino Lautaro Martínez (50).
Capitão e melhor marcador estrangeiro da história ‘nerazzurri’, agora com 146 golos em 319 encontros, Lautaro igualou o brasileiro Adriano como máximo goleador do campeão italiano na maior prova continental de clubes, ambos com 18, incluindo pré-eliminatórias.
O Feyenoord, que tinha afastado no play-off o AC Milan, rival citadino do Inter e treinado por Sérgio Conceição, poderia ter perdido por uma diferença maior, mas o guarda-redes alemão Timon Wellenreuther defendeu um penálti do polaco Piotr Zielinski (65 minutos).
Os ‘oitavos’ da Liga dos Campeões tinham iniciado na terça-feira com mais quatro jogos, entre os quais o êxito tangencial do campeão mundial, europeu e espanhol Real Madrid, recordista de troféus (15), na receção ao ‘vizinho’ Atlético de Madrid (2-1), bem como a goleada dos ingleses do Arsenal no terreno dos neerlandeses do PSV Eindhoven (7-1).
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