O Liverpool está bem lançado para chegar à sua 10.ª final da Liga dos Campeões de futebol. Os Reds não se deixaram surpreender e venceram o Villarreal por 2-0 em Anfield, na 1.ª mão das meias-finais da prova. A resistência do Submarino Amarelo durou 53 minutos e caiu em forma de traição, após autogolo de Estupinan. Mané fez o outro tento do Liverpool, num jogo dominado pela formação de Jurgen Klopp em todos os aspetos.
Thiago Alcântara 'pintou a manta', Fabinho foi enorme no meio-campo e o trio da frente - Diaz, Salah e Mané - foi um quebra-cabeças constante para os defensores espanhóis. O Villarreal foi inexistente a nível ofensivo.
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À procura da sua 10.ª final da Liga dos Campeões e do seu sétimo troféu na prova maior de clubes da UEFA, o Liverpool fez valer o favoritismo diante da equipa sensação da prova. Vencedor da última Liga Europa, o 'submarino amarelo' deixou pelo caminho a Juventus nos oitavos de final, antes de conseguir uma das grandes surpresas dos últimos anos na prova, com a eliminação do crónico campeão alemão Bayern Munique.
Comandado pelo espanhol Unai Emery, especialista em provas a eliminar, como são prova os quatro troféus da Liga Europa que já conquistou, o Villarreal já igualou a sua melhor prestação na 'Champions', repetindo a presença nas meias-finais de 2005/06, pelo que tudo o que conseguisse depois, seria ganho.
As duas equipas já se encontraram numa meia-final nas competições europeias, na Liga Europa de 2015/16, com os ingleses, já com Jurgen Klopp no banco, a qualificarem-se, depois de perderem em Espanha (1-0) e ganharem em Anfield Road (3-0), onde se voltam a encontrar na quarta-feira.
Submarino Amarelo: resistir, resistir, resistir...
Habituado a asfixiar os adversários em Anfield, o Liverpool entrou a todo o gás, a tentar resolver cedo a contenda. Mas Unai Emery preparou este Submarino Amarelo para resistir a todas as tentativas. O bloco baixo, linhas juntas e o rigor defensivo, iam mantendo a equipa na eliminatória, apesar dos vários sustos.
A primeira parte não trouxe golos mas não foi por falta de tentativas. Foram 12 os tiros do Liverpool mas nenhum golo, algo histórico. Desde 2003-2004 (quando a Opta começou a recolher dados) nunca uma equipa fez tantos remates numa primeira parte de uma meia-final da Champions sem fazer qualquer golo.
Aos 12 minutos, um centro da esquerda encontrou Sadio Mané sozinho na área mas o desvio de cabeça do senegalês saiu ao lado. Aos 26 é Salah a combinar com Mané na área mas a rematar por cima da barra de Gerónimo Rulli.
O Liverpool asfixiava o Villarreal, com uma pressão intensa em todo o terreno, o que lhe permitia recuperar cedo a bola. Fabinho esteve excelente neste aspeto, antecipando os movimentos dos médios dos espanhóis para rapidamente travar as tentativas de saída do adversário.
Continuava a faltar o golo.
Nervoso durante o jogo, Rulli ia mantendo a sua baliza a zeros, embora mostrasse alguma insegurança. Aos 31 minutos socou como pode um remate de Luis Diáz; aos 34 é Mané a rematar forte, após assistência do ex-FC Porto, mas Raul Albiol desviou o tiro e quase traía Rulli. O primeiro tempo terminou com um tiro de longe de Thiago Alcântara que só não deu golo porque o poste assim não quis. Que bomba! Rulli nada poderia fazer.
... e ir ao fundo em dois minutos
O segundo tempo não foi diferente do primeiro, com o Liverpool a fazer valer a sua mais-valia. Fabinho marcou aos 49 mas o tento foi anuladao porque havia fora de jogo de Van Dijk; Luis Díaz cabeceou, sem tirar os pés do chão, à figura de Rulli. 'Cheirava' a golo em Anfield e só demorou mais dois minutos a surgir.
Henderson desceu pela direita, tirou um centro tenso que desviou em Estupinan e traiu Rulli, aos 53 minutos. Estava quebrada a resistência do Villarreal.
O 2-0 surgiu dois minutos depois, aos 55 minutos, por Sadio Mané, no limite do fora de jogo. Mais uma grande jogada ofensiva da equipa de Jurgen Klopp, com Salah a receber e a colocar no senegalês na hora certa, Mané desviou com o bico da bota e bateu Rulli pela segunda vez. O Submarino Amarelo 'afundava' em dois minutos.
Unai Emery tentou resgatar a sua equipa, lançando Aurier, Pedraza, Manu Trigueros e Dia nos lugares de Dani Parejo, Coquelin, Chukwueze e Estupiñán. Nos Reds, entrou o português Diogo Jota no lugar de Mané e Naby Keita no posto de Henderson.
Mesmo com dois golos de vantagem, a equipa da cidade dos Beatles não tirou o pé do acelerador e foi em busca de mais golos. Van Dijk tentou a sua sorte com um remate do meio da rua que Rulli defendeu com dificuldades, aos 67. Luis Diaz também tentou aos 79, após passar por Aurier, mas o seu remate saiu paralelo à linha de golo.
As dificuldades do Villarreal em campo ficaram patentes com o tempo do primeiro remate à baliza: aconteceu aos 87, de Dia, num tiro que Alisson Becker defendeu sem dificuldades.
A vitória deixa o Liverpool em boa posição para chegar à sua 10.ª final da Liga dos Campeões. O Villarreal precisará de um milagre para vencer por três golo s de diferença no La Cerâmica para afastar esta máquina de pressão e de golos chamada Liverpool.
Na outra meia-final, de recordar que o Manchester City venceu o Real Madrid por 4-3, num jogo onde foi superior.
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