Os adeptos ingleses do Manchester City e do Chelsea que vieram hoje ao Porto acompanhar as equipas na final da Liga dos Campeões de futebol, partilharam um sentimento de segurança sentido em Portugal.

Sem incidentes visíveis nas imediações do estádio do Dragão, o palco da final, os adeptos entraram ordeiramente no recinto, mostrando-se agradados com organização do evento, e já fazem a festa nas bancadas.

"É a primeira vez que venho a Portugal e estou a gostar muito. Em agosto virei cá de férias com a família. Apesar desta ser uma visita curta e mais ligada ao futebol, já pudemos apreciar a cidade. Senti-me muito seguro com as regras da covid-19 implementadas", disse á agência Lusa Ken March, adepto do Manchester City.

Com Ken viajou também o amigo Mike Hamilton, que, reconhecendo que será um jogo renhido e perspetivando uma vitória do City por 2-1, mostrou fé no contributo dos jogadores portugueses da sua equipa.

"O Bernardo [Silva] vai ser brilhante, o Rúben [Dias] intransponível. O [João] Cancelo vai entrar na segunda parte para nos ajudar a segurar a vitória. São jogadores de grande nível. O público português devia estar também a apoiar o City, por eles", disse Mike.

Já o filho, Craig, confessou que preferia uma final em que não se enfrentassem dois clubes ingleses, mas mostrou-se radiante por o jogo ser no Porto.

"É muito mais fácil vir para cá do que para Istambul [Turquia], onde iria ser a esta final. Além disso, parece-me que o povo português é bem mais acolhedor. Sinto-me muito bem aqui no Porto", confessou este adepto do Manchester City.

Apesar dos apoiantes das duas equipas terem destinado diferentes partes do estádio para assistirem ao jogo, não há restrições para circularem em torno do recinto, dentro do perímetro de segurança, podendo conviver.

"Já estive numa final em Munique e também em Moscovo, e apesar de nesta haver as restrições da covid-19 o ambiente tem sido fantástico. Todos nós temos respeitado. Tivemos um bom dia e sentimo-nos seguros em todo o lado", disse Tony Smith, um dos adeptos do Chelesa.

Tony Smith viajou de Londres com o amigo John Anderson, também ele pela primeira vez em Portugal, que apostou numa vitória do Chelsea, por 1-0, com uma penálti do ítalo-brasileiro Jorginho.

"Vai ser um jogo renhido, mas se marcarmos primeiro tudo pode acontecer. Sei que não somos favoritos, mas numa final a entrega é que conta", disse este fã do Chelsea.

Já no interior do estádio, o ambiente também tem sido animado, com os apoiantes dos dois clubes a fazerem entoar os cânticos nas bancadas do Dragão, onde não se registaram incidentes.

Apesar de nem todos estarem com as obrigatórias máscaras faciais colocadas, tem sido mantida alguma distância de segurança, aproveitando o número de cadeiras vagas, pois apenas um terço da lotação do recinto será ocupada.

De referir que muitos dos adeptos que viajaram de forma organizada, ostenta uma pulseira a comprovar que testou negativo ao novo coronavírus, condição obrigatória para entrar no recinto. Outros tiveram de mostrar o comprovativo antes de entrar.

No exterior do estádio, a Cruz Vermelha Portuguesa instalou uma estrutura para que quem não tenha realizado o teste o possa fazer no local.

A final da Liga dos Campeões de futebol, que opõe as equipa inglesas do Manchester City e do Chelsea, iniciou-se às 20:00, no estádio do Dragão, no Porto, com arbitragem do espanhol António Miguel Mateu Lahoz.