João Cancelo abordou os momentos difíceis de Barcelona e Nápoles, que se defrontam na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões (20 horas desta terça-feira), mas que enfrentam dificuldades nos respetivos campeonatos.

Para o lateral português, é difícil de explicar a pouca competitividade dos catalães na La Liga.  "O treinador disse que vai sair, e a equipa teve altos e baixos durante toda a época. É difícil explicar esta dinâmica, mas o futebol dá sempre uma oportunidade de redenção, que seria o que iria representar uma vitória sobre o Nápoles. Mantivemo-los vivos depois da primeira mão. Jogámos muito bem na primeira parte e devíamos ter marcado mais golos. Fomos superiores, mas eles não fizeram muito e agora estamos no mesmo nível", afirmou Cancelo, em entrevista à Gazzetta Dello Sport.

Quanto ao adversário na prova milionária, o jogador do Barcelona acredita que partilham da mesma pressão para vencer e seguir em frente na competição. "O Nápoles também vem à minha mente. O futebol é um desporto estranho. A temporada deles também está a ser difícil. Ganharam o scudetto a jogar um futebol espetacular. Depois disso, mudaram de treinador, mas não foi o certo. Mudaram novamente e não funcionou. Acontece. Às vezes, tentas fazer coisas, mas elas não funcionam. O Nápoles tem a mesma pressão que o Barcelona para vencer. Sempre gostei do Nápoles, porque é um clube com raízes profundas na cidade. Quando cheguei a Itália, o Maurizio Sarri era o treinador do Nápoles e eles jogavam um excelente futebol".

João Cancelo analisou ainda as maiores valências napolitanas, que acredita serem mais do que Osimhen e Kvaratshkelia. "E que tal o Matteo Politano? São talentos excecionais. O Osimhen teve uma meia oportunidade no jogo de ida, mas mesmo assim marcou o golo. É um dos melhores avançados do mundo. E há mais. Gosto do Zielinski, mas não está na lista da UEFA, e do Lobotka. Defrontei-o por Portugal e é um grande jogador", afirmou.

A fechar, o defesa, de 29 anos, deixou rasgados elogios ao jovem prodígio do Barcelona, Lamine Yamal. "É um jogador incrível. Jogar pelo Barcelona aos 16 anos não é para qualquer um. Ele tem um talento especial, mas talento não basta no futebol. É preciso ter mentalidade e, pelo que vejo, o Lamine tem. Cuidado também com o Cubarsí e com o Fermín. La Masia está a fazer um excelente trabalho e a desenvolver grandes jogadores", concluiu.