Jorge Jesus fez, ao início da tarde desta terça-feira, a antevisão do jogo com o Barcelona, da segunda jornada da fase de grupos da Champions. O técnico do Benfica falou das suas opções para este jogo, analisou o adversário que está a passar por um momento difícil a nível desportivo e financeiro.
Dinâmicas do ataque do Benfica: "Quem tem de se preocupar com isso é o treinador do Barcelona. Eu preocupo-me mais quando o Barcelona tiver a posse de bola, nas saídas para o ataque e nas bolas paradas. Com a organização da nossa equipa com bola não estou preocupado. É o treinador do Barcelona que tem de pensar e perceber como parar Rafa e Darwin. Aí é Koeman que tem de partida a cabeça toda, não sou eu".
Melhores jogadores para jogar na frente: "Nunca jogamos com menos de três avançados. Os jogadores que temos para o ataque conhecem-se cada vez melhor e tenho várias opções para escolher conforme o momento e condição física de cada um e da estratégia que tenho para o jogo. São questões diferentes para decidir, mas com a certeza que a qualidade está lá e, qualquer que seja a minha escolha, o rendimento da equipa nunca irá baixar".
Ter um jogador mais defensivo na posição de Rafa: "É uma hipótese. Ganhas umas coisas e perdes outras. Podes passar a ser melhor defensivamente, mas perdes velocidade ofensiva. Tenho de decidir amanhã o que vou fazer".
Situação de Diogo Gonçalves: "O Diogo não recuperou, não está convocado. Está estipulado que ele não tem condições para ser convocado. Temos várias hipóteses. O André Almeida vai estar na convocatória, mas ainda não tem o ritmo desejável. Temos o Gilberto e o Valentino. É uma das posições em que tenho várias hipóteses."
Jesus estagiou com Cruyff em 1993: "O Barcelona tem uma forma de jogar desde Cruyff. A partir desse momento, o Barcelona passou a ter uma cultura de ataque posicional, com um sistema que é trabalhado desde a formação. Têm uma filosofia. Teve sempre grandes jogadores, como Figo, Romário, Ronaldinho, Maradona. O que não muda é que eu sei que eles têm muita qualidade. Independentemente de quem joga, é aquela a ideia. Se deixas esta equipa com muito espaço entre linhas, morres. Ao longo destes anos, fui aprendendo."
Reforçar meio-campo: "Pizzi e Taraabt? É uma hipótese. O futebol é bonito por causa destas indecisões, pela estratégia posicional e tática que os treinadores têm de ter. Às vezes tomamos decisões a pensar que são as melhores e depois no jogo vemos que não é bem assim."
Este será o Barça menos forte que já defrontou? "Pomos essa questão porque o Barcelona continua a ser uma das equipas mais fortes da Europa, com jogo de nível muito alto e essa questão é porque hoje não tem Messi, mas não deixa de ser muito forte. Fiz três jogos contra o Barcelona, dois no Benfica e um no rival, e num deles o Messi já lá estava. Se me disser que qualquer equipa do Mundo é mais forte com Messi, ninguém tem dúvidas. O Barcelona só perdeu um jogo, com o Bayern Munique. É por isso que não está tão forte? Não deixa de ser uma grande equipa. Amanhã vamos ter grandes dificuldades porque vamos encontrar uma equipa com grandes jogadores".
Barcelona sem Messi: "Hoje olhamos para o Barcelona achando que não é tão forte porque o Messi não está. É verdade que sem Messi não estás tão forte. Mas o Barcelona não deixa de ser uma equipa muito forte, que tem como ambição ganhar esta Champions, porque além dele temos outros adversários, o Bayern Munique, pensa da mesma maneira. Não é uma equipa que passa do 8 para o 80 só por não ter Messi. Quando tinha Messi também perdeu com o Bayern Munique 8-2".
O Benfica-Barcelona está marcado para às 20h00 desta quarta-feira, na Luz. Na primeira ronda os Encarnados empataram 0-0 com o Dinamo Kiev, o Barcelona perdeu 0-3 em casa com o Bayern Munique.
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