O Inter Milão é o primeiro finalista da Liga dos Campeões de futebol. Os nerazzurri voltaram a vencer o rival AC Milan, agora por 1-0, e estão na final da liga milionária, 13 anos depois de José Mourinho ter levado a equipa até a vitória na prova.
Depois dos 2-0 na 1.ª mão, a equipa de Simone Inzaghi voltou a vencer, agora por 1-0, golo de Lautaro Martinez na 2.ª parte. Rafael Leão voltou ao onze do Milan mas não conseguiu ajudar a sua equipa.
Os 'carrascos' de FC Porto e, depois, Benfica na 'Champions' controlaram o jogo com bastante classe e conquistaram a quarta vitória da época em cinco jogos diante do rival AC Milan, elevando a contabilidade para números que já não se viam há quase meio século.
Simone Inzaghi é o primeiro treinador italiano a levar o Inter Milão à final da Liga dos Campeões.
O Inter Milão, três vezes campeão europeu, está pela sexta vez na final da mais importante prova europeia de clubes, a primeira desde 2009/10.
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A almofada dos 2-0 da primeira-mão no San Siro davam algum descanso ao Inter de Simone Inzaghi, pelo só tinha de fazer o que faz bem: defender bem e sair rápido em contra-ataque, explorando as armas que tem nessa forma de jogar.
Stefano Pioli contava com o português Rafael Leão para tentar a remontada em casa do rival da cidade de Milão (na realidade, o estádio é o mesmo da semana passada, só muda o nome, dependendo de quem joga em casa e quem joga fora).
No entanto, o português não conseguiu ter o fulgor que já demonstrou, com poucas 'explosões' no ataque e a evidenciar menor pujança física. Ainda conseguiu remates, um em cada parte - muito pouco para quem já foi designado o melhor avançado a atuar em Itália.
Onana vs Maignan: Guarda-redes ao poder
Num jogo onde brilharam os guarda-redes, Théo Hernández mostrou que o AC Milan tem várias armas e um deles é a longa distância. Aos cinco minutos, armou o pé esquerdo e disparou uma bomba que saiu ligeiramente ao lado. Onana nada podia fazer na baliza do Milan.
Cinco minutos depois, nova oportunidade. Onana errou na reposição da bola, Giroud tentou deixar em Tonali mas Darmian apareceu na hora certa a cortar, num momento em que não havia ninguém na baliza do Milan.
Foram 15 minutos de muita intensidade e pressão do Milan, na tentativa de marcar um golo que os relançasse na discussão da eliminatória. Aos 12 minutos surgiu a melhor dos Rossoneri na 1ª parte. Grande jogada do médio Tonali pela direita, a ganhar na força e a meter na área onde apareceu Brahim Diaz a finalizar, fraco, para as mãos de Maignan. O espanhol estava sozinho e sem pressão.
Aos 38 minutos apareceu finalmente Rafael Leão. Descaído pela esquerda, o internacional português passou por Darmian, deixou Bastoni para trás e, já com pouco angulo, rematou cruzado, de pé esquerdo, para fora. Giroud pedia a bola na pequena área para encostar.
Mike Maignan também brilhou na baliza do Milan. Aos 40, mostrou instinto, ao negar o golo a Dzeko, num desvio após livre de Hakan Çalhanoglu na esquerda.
Pioli reage quando Lautano acabou com o sonho
Com o jogo longe do que queria, Stefano Pioli, treinador do AC Milan, lançou Thiaw no lugar de Kalulu, aos 64 minutos, numa mexida sem impacto. Já Simone Inzaghi fez entrar, dois minutos da mexida do Milan, Lukaku e Gosens nos postos de Dimarco e Dzeko.
O Milan não encontrava formas entrar na defensiva do rival, o Inter tentava matar o jogo em contra-ataque. E conseguiu aos 74 minutos. Lautaro Martinez aproveitou um lance de insistência de Lukaku para disparar de pé esquerdo dentro da área, batendo Maignan.
Só quando a eliminatória estava nos 3-0 é que Pioli realmente mexeu na frente, com as saídas dos apagados Junior Messias e Brahim Díaz e as entradas de Origi e Saelemaekers.
Mas quem estava mais perto de marcar era o Inter Milão. Aos 76 minutos, Maignan teve de voltar a mostrar pergaminhos para evitar o bis de Lautaro. E quase a terminar, nos descontos, novamente Maignan, agora a evitar o golo de Lukaku.
O Inter, três vezes campeão europeu, ganha por 3-0 na eliminatória (2-0 na 1.ª mão e 1-0 na 2.ª mã0) e está na final da prova mais importante da UEFA pela sexta vez, a primeira desde 2009/10.
Na final, marcada para 10 de junho, em Istambul, o ‘carrasco’ de FC Porto e Benfica nas rondas anteriores vai encontrar o Real Madrid, campeão em título, ou o Manchester City, que se defrontam na quarta-feira em Inglaterra, depois de uma igualdade a um golo no primeiro jogo.
Inter: poucas estrelas para fazer uma equipa
O Inter, sem grandes estrelas, voltou a valer-se pelo conjunto muito forte, com jogadores experientes, que jogam para o coletivo, como Lautaro Martínez, Lukaku, Barella, Dzeko e Onana. Muito rigoroso a defender, parte com precisão para o ataque, para fazer golo.
Claramente superado no campeonato, perdido por larga diferença para o Nápoles, o Inter tem tudo agora para fechar a época em grande, até porque em 24 de maio joga a final da Taça, em que é favorito ante a Fiorentina.
Em Istambul, a missão 'complica-se', já que as opções são o 'especialista' da Liga dos Campeões, o Real Madrid, ou o quase campeão inglês de novo, Manchester City, de Rúben Dias e Bernardo Silva.
Depois das vitórias de 1964, 1965 e 2010, aqui com José Mourinho aos comandos, o Inter procura o seu quarto título.
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