O antigo futebolista português Hugo Leal recordou os traços de liderança do treinador argentino Maurício Pochettino, que chegou ao Paris Saint-Germain e assumiu quase imediatamente a braçadeira de capitão.
“O que reconheço dele é que foi sempre muito ativo no processo de liderança e acredito que não tenha sido só por lhe darem uma braçadeira, acho que era natural”, afirmou o antigo médio luso, que jogou com o atual treinador do Tottenham, finalista da Liga dos Campeões.
Hugo Leal e Pochettino jogaram juntos no Paris Saint-Germain, nas épocas de 2001/02 e 2002/03, quando ‘brilhava’ nos parisienses o brasileiro Ronaldinho Gaúcho.
O agora diretor da formação do Estoril Praia dispensou-se de qualquer antevisão à final da Liga dos Campeões, que, no sábado, vai opor o Tottenham ao Liverpool, em Madrid, recordando a experiência no clube francês, ao qual chegou, proveniente do Atlético de Madrid, na primeira época completa de Pochettino, que tinha sido contratado em janeiro de 2001 ao Espanyol.
“Quando fomos colegas de equipa, ele já era capitão do Paris Saint-Germain, no primeiro ano de clube. Já denotava características de liderança”, assinalou Hugo Leal.
O médio português admitiu que a experiência do argentino, então com 29 anos, e o facto de alinhar como defesa central, associado ao perfil de líder, indicavam que poderia enveredar pela carreira de treinador.
“A posição dele e o facto de ser capitão fazia com que ele tivesse alguma preponderância no processo tático da equipa. Permitia-lhe ver o jogo na totalidade, era corretivo e incentivador. A partir do momento em que alguém participa constantemente na forma de estar da equipa, no seu posicionamento tático, na intensidade que se dá ao jogo e no ânimo, ainda como jogador, é logo um passo gigante para estar num processo de líder como treinador. Ele já o tinha e sempre o teve”, lembrou.
Pochettino, de 47 anos, alinhou em quatro clubes durante a sua carreira futebolística, iniciada no Newell’s Old Boys. A primeira experiência europeia ocorreu no Espanyol, clube no qual permaneceu sete temporadas, até rumar a Paris.
Em França, jogou ainda no Bordéus e regressou ao Espanyol, encerrando a carreira em 2005/06.
Foi no clube catalão que iniciou o percurso como treinador, entre 2008/09 e 2012/13, época em que foi despedido e rumou ao Southampton. Esteve dois anos nos ‘saints’ até, em 2014/15, assumir o comando técnico do Tottenham, para levar os londrinos pela primeira vez a uma final da Liga dos Campeões.
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