O Mónaco foi derrotado em casa pela Juventus por 2-0, em jogo da primeira-mão das meias-finais da Liga dos Campeões. O argentino Higuaín bisou no encontro e deixou a equipa italiana, mas perto da final de Cardiff. Foi a primeira derrota do Mónaco em casa esta época. A Juve, que só sofreu dois golos nesta edição da Champions, vai tentar carimbar o passaporte para a final. Em casa não perde para as provas da UEFA desde abril de 2013.
Depois da final perdida para o FC Porto em 2004, o Mónaco tentava alcançar a sua segunda presença no jogo decisivo da Liga dos Campeões. O adversário impunha respeito e tinha vantagem no histórico de confrontos com os franceses. Em 1997/1998, por exemplo, a Juve de Lippi afastou o Mónaco de Tigana com um 6-4 no conjunto das duas mãos nas meias-finais da Champions.
Sem Mendy na esquerda, Leonardo Jardim adaptou Sidibé nessa posição, retirando-o da direita da defesa para onde entrou Dirar. Moutinho voltou a estar no banco, Bernardo Silva foi titular. Do lado da Juve, Khedira era o único ausente da equipa habitualmente titular.
Os italianos, que apenas sofreram dois golos nesta edição da Champions, entraram melhores, pressionantes, explorando as alas, com Dani Alves e Alex Sandro. Huguaín esteve perto do golo, mas falhou.
Aos poucos o Mónaco foi crescendo no jogo e tomou conta da partida, criando várias oportunidades de golo, mas Buffon, no seu jogo 100 na Champions, mostrou que velhos são os trapos. Evitou o tento de Mbappé por duas vezes e outro de Falcao em lances onde mostrou eficácia e segurança.
A Juventus vai marcar no melhor periodo do Mónaco na partida. Dani Alves subiu no seu corredor, deu de calcanhar para Higuaín que apareceu vindo de trás a bater Subasic com um remate colocado. Um lance golo que abalou por momentos a equipa francesa.
No segundo tempo é o Mónaco quem entra melhor, criando uma oportunidade para empatar logo no primeiro minuto, mas Falcao, após passe brilhante de Bernardo Silva, rematou à figura de Buffon. Na outra baliza a Juventus só não marcou por Subasic foi gigante e defendeu com os pés o remate de Marchisio, após perda de bola de Bakayoko em zona proibitiva.
O médio do Mónaco esteve desinspirado e voltou a repetir o erro, só que desta vez sem perdão da Vecchia Signora. Destaque para o passe magistral de Dani Alves para Higuaín bisar, aos 59 minutos, fazendo assim o seu quinto golo nesta edição da Champions.
Jardim não perdeu tempo e retirou Bakayoko e Lemar, lançando Moutinho e Germain, apostando assim mais no ataque. Mais tarde retirou Bernardo Silva de jogo. A equipa continuou à procura de um golo que pudesse relançar a eliminatória, mas já com pouco discernimento. Os monegascos iam tentando bolas pelo ar, mas os três centrais da Juve estavam intransponíveis no jogo aéreo.
E quando conseguia finalmente espaço, aparecia Buffon na baliza para negar as intenções monegascas, como mostrou aos 90 após cabeceamento de Germain. O Mónaco não foi tão eficaz, tanto a defender como a atacar como mostrou noutros jogos e foi castigado por isso. A eficácia transalpina ajudou, num jogo onde Buffon mostrou pergaminhos, aos 39 anos de idade.
O Mónaco sofre assim a sua primeira derrota em casa esta época e voltou a ficar em branco na Champions, depois de já o ter feito no 0-0 com o Bayer Leverkusen. Já a Juventus continua a alicerçar essa sua campanha na Champions na sua muralha defensiva. A equipa de Maximilano Allegri voltou a ficar com a baliza intacta, numa prova onde apenas sofreu dois golos em 11 jogos. A equipa de Leonardo Jardim terá de escalar uma montanha para marcar presença na final. De recordar que a Juve não perde em casa nas provas da UEFA desde abril de 2013. E sempre que venceu na primeira-mão em provas da UEFA, passou sempre. Outro dado contra o Mónaco: a Juventus ganhou todas as eliminatórias com equipas francesa. Leonardo Jardim terá de inventar algo para fazer história.
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