O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, considerou hoje, na antevisão da final da 'Champions' contra o Inter Milão, que o seu sucesso enquanto treinador deve-se aos grandes jogadores que tem orientado, como Lionel Messi e Erling Haaland.

"O segredo do meu sucesso é ter grandes jogadores. Ter Messi no passado e Haaland agora. Esse é o meu êxito. Não estou a brincar. Qualquer treinador que tenha triunfado é porque teve grandes jogadores. Um técnico nunca marcou um golo", realçou o espanhol, que vai disputar a sua quarta final da Liga dos Campeões (venceu duas com o FC Barcelona, em 2009 e 2011) e vai encarar a segunda com o City, que perdeu em 2021 com o Chelsea.

Guardiola compareceu na conferência de imprensa com o internacional português Rúben Dias e com o belga Kevin de Bruyne, garantindo que já tem um plano para tentar vencer a primeira 'liga milionária' com o City.

"Gostava de dizer quais as lições que aprendemos naquele dia [da final perdida frente ao Chelsea, no estádio do Dragão], mas não sei. Este é um jogo diferente, dois anos depois e com jogadores diferentes. O plano de há dois anos contra o Chelsea não funcionou e as pessoas disseram que tomei as decisões erradas. Tenho um plano para amanhã [sábado] e, se ganharmos, será um bom plano", sublinhou.

O técnico admitiu que o Inter, que já conquistou três 'Champions', tem mais história na prova do que o City, mas desvalorizou esse dado histórico.

"Isso não é importante. No final é um jogo de futebol. A equipa que jogue melhor quando terminem os 90 minutos vai vencer. O importante é que amanhã [sábado] às dez da noite em Istambul [20:00 em Lisboa] joguemos o melhor possível", vincou, identificando os maiores trunfos do rival italiano.

"A maneira como jogam, a pressão alta. O Onana é um grande guarda-redes, o papel de Bastoni no flanco esquerdo. A qualidade com que ligam com os avançados, os passes extra. Temos que defender essas conexões, com a bola, tratando de atacar. Vai ser difícil contra uma defesa de cinco, mas teremos de encontrar uma solução efetiva", considerou.

Por seu turno, Kevin de Bruyne assumiu que, após tantos triunfos do City nos últimos tempos em Inglaterra (só este ano garantiu a 'dobradinha', com a Liga e a Taça), a Liga dos Campeões é a única conquista que falta.

"Levo oito anos aqui e foram incríveis. Muitos momentos bons, apesar de ainda não termos sido capazes de ganhar esta competição. É a única coisa que podem atirar-nos à cara. Temos sido muito regulares e bons na 'Champions', só nos falta encontrar uma maneira de ganhar a primeira. Seria incrível para os jogadores, para o clube e para os adeptos. Seria espetacular", referiu o belga.

Segundo Kevin de Bruyne, o City espera um Inter Milão forte na defesa e um jogo com pouco espaço.

"Sabemos que vão ser muito compactos, com um 5-3-2, com dois avançados para aguentar a bola e gente rápida no meio. Defendem muito bem. Não esperamos um jogo aberto, isso quase nunca acontece nas finais. Não podemos ficar nervosos porque seguramente não haverão muitas oportunidades no princípio", salientou.

Sem querer qualificar a conquista da 'liga milionária' como uma obsessão, apesar de nenhum atual jogador do plantel do City contar com o 'caneco' mais importante do futebol de clubes na Europa, o internacional belga admitiu que é um dos feitos mais importantes que se pode conseguir como jogador e como clube.

Os portugueses Rúben Dias e Bernardo Silva são presenças quase certas no ‘onze’ do Manchester City para a final da Liga dos Campeões em futebol, à imagem do que sucedeu há dois anos, no Dragão, na final perdida para o Chelsea.

A final da edição 2022/23 da Liga dos Campeões, entre os ingleses do Manchester City e os italianos do Inter Milão, realiza-se no sábado, a partir das 20:00 (em Lisboa), no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia.

*Artigo atualizado