O treinador do FC Barcelona, Pep Guardiola, disse hoje que a sua equipa vai ter de jogar melhor sábado em Londres, na final da Liga dos Campeões, do que o que fez há dois anos, em Roma.
O adversário é o mesmo, o Manchester United, batido em 2009 por 2-0 por uma equipa que incluia grande parte dos titulares do actual "Barça".
Na conferência de imprensa prévia à final de Londres, Guardiola admitiu que agora as equipas se conhecem melhor e que em Roma o clube catalão ainda vivia «aquele loucura do primeiro ano» do seu comando técnico.
«Para ser honesto, temos de admitir que se jogarmos ao nível da final de Roma, amanhã não ganhamos. A realidade do momento é confusa, é fácil falar de que somos uma boa equipa, mas há que deixar passar o tempo para pensar que este Barcelona é uma equipa de referência», disse.
Guardiola comentou ainda que voltou a ver as imagens da final de Roma e deu-se conta de que a equipa catalã jogou pior do que pensava. «Faltou-nos intensidade e uma maior defesa. Amanhã teremos de ser mais rápidos na circulação de bola», explicou.
Seja o "Barça" ou o MU, quem perder «ficará ferido», mas «terá sempre o que conseguiu esta época», vincou, acrescentando que o clube não tem a pressão sentida em 1992, quando pela primeira vez foi campeão da Europa.
«A primeira vez é mais difícil, essa é a barreira a passar», disse, mas admitiu que é um orgulho jogar esta final «contra uma das equipas mais históricas do futebol europeu e mundial» e poder sentar-se no banco face a Alex Ferguson.
Guardiola concorda com o treinador do United em que a final de sábado pode ser «a final da década», pelo que agora «há que mostrar que se merece esses elogios». Do MU, diz que teme tudo, porque «é uma das equipas mais completas» que já viu.
Sábado, espera que a equipa catalã «voe com a bola» e tenha a vontade de a recuperar, quando a perca. «Temos de tentar desequilibrar e estar atento à estratégia, em que eles são melhores que nós», sublinhou.
Guardiola disse que já tem escolhida a equipa titular e que não considera um risco contar com o francês Eric Abidal, que foi operado a um tumor no fígado, e Carles Puyol, que esteve parado três meses por lesão
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