O FC Porto goleou, esta quarta-feira, o Mónaco por 5-2 e carimba a presença nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Depois do clássico frente ao Benfica, o FC Porto tinha um compromisso importantíssimo com vista à sua continuidade na liga milionária.
O duelo era novamente contra o Mónaco de Leonardo Jardim e bastava ao conjunto de Sérgio Conceição fazer o mesmo resultado do Leipzig para garantir uma vaga nos oitavos de final na mais prestigiada competição da UEFA de clubes. Já a equipa às ordens de Leonardo Jardim, já eliminada das competições europeias, lutava apenas pela honra.
O reencontro era feliz, já que foi contra o Mónaco que o clube da Invicta festejou a conquista da Champions, vitória por 3-0 em 2004, em Gelsenkirchen. Também na fase de grupos deste ano, o conjunto portista tinha vencido de forma folgada por 3-0 no principado.
Alterações
Com a indisponibilidade de Sérgio Oliveira (por castigo), Sérgio Conceição apostou em Otávio. Mas uma lesão do jogador brasileiro no aquecimento trocou as voltas ao técnico do FC Porto, que teve que recorrer a André André.
Do lado monegasco, Rony Lopes foi titular, com João Moutinho a serem deixados inicialmente no banco de suplentes.
Jogo
A precisar de abanar as redes adversárias, depois de uma avalanche de oportunidades falhadas frente ao Benfica, os dragões chegaram ao golo cedo. Decorria o minuto 9. Lance de insistência do conjunto portista, com Brahimi a cruzar e Aboubakar a fazer o primeiro no Dragão. Quebrava-se assim o pequeno enguiço do camaronês que há três jogos que não marcava.
A notícia do golo do Besiktas frente ao Leipzig também reforçava a margem confortável que os dragões já tinham. Talvez por respirar melhor ou ver com clareza as portas dos oitavos, o FC Porto foi para cima do adversário, à procura de dilatar a vantagem. Por duas vezes Danilo testou a atenção de Benaglio, num sinal de aviso do que aí vinha.
Ao 34 minutos, o FC Porto dilatou a vantagem. Jogada de régua e esquadro dos dragões, com a bola a passar por Brahimi e Danilo até chegar aos pés de Aboubakar, que com muita calma ajeitou para o pé direito e bisou na partida.
Ao minuto 39, as duas equipas ficaram a jogar com 10. Filipe e Ghezzal envolveram-se numa troca de galhardetes e receberam os dois o cartão vermelho.
Os restantes minutos até ao intervalo tiveram motivos de interesse. Primeiro com o português Rony Lopes a colocar à prova José Sá. Depois, com Brahimi a fazer mais um para a equipa da casa, com Aboubakar uma vez mais como protagonista. O dianteiro colocou a bola de forma adocicada em Brahimi, que um toque de classe ampliou a vantagem.
Na segunda-parte, o FC Porto parecia não se querer levantar do sofá. Com o apuramento no bolso, perante a gorda vantagem e a vantagem o Besiktas, aos azuis-e-brancos bastaria não baixar a guarda para não deixar o FC Porto crescer no jogo e aproximar-se no marcador.
O interesse cresceu sobretudo no reencontro do passado com o presente. Falcao e Moutinho aqueciam e eram aplaudidos pelo público.
No relvado as equipas esfriavam, a bola morria e o ritmo era morno. Só uma grande penalidade assinalada contra o FC Porto foi o despertador para a equipa de Sérgio Conceição. Glik na conversão bateu José Sá.
Acordado pelo golo do Mónaco, o golaço de Alex Telles, num disparo certeiro e cruzado pareceu querer tirar o Porto dessa letargia e da cabeça que já pensava nos oitavos.
Depois do quarto dos azuis-e-brancos, aplauso dos 42.509 espectadores para as entradas de Moutinho e Falcao. E o Dragão voltou a curvar-se com o tento do Falcao, no regresso do goleador ao Dragão. Keita Baldé cruzou na esquerda e com o colombiano a cabecear em grande estilo para o 4-1.
Restava a Sérgio Conceição fazer descansar quem já tinha feito o trabalho no caso de Aboubakar, e dar confiança a outros com a entrada de Tiquinho.
Foi ouro sobre azul, já que o FC Porto chegou ao quinto, com a assinatura de Soares. Cabeçada indefensável do avançado, depois de um centro de Corona.
O FC Porto garantiu assim os oitavos de final da Champions depois de uma grande exibição no Dragão e encaixa desde já 7.5 milhões de euros pelo apuramento para a próxima fase.
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