Pela primeira vez na era Sérgio Conceição, o FC Porto cai da Liga dos Campeões na fase de grupos, quando só dependia de si para seguir em frente. Os 'dragões' perderam várias ocasiões para se adiantarem no marcador até que Griezmann, numa bola parada, acabou por fazer cair a estratégia portista, que nunca mais se encontrou. Num duelo que se adivinhava intenso (não faltaram expulsões nem escaramuças), o pragmatismo dos espanhóis imperou no Dragão, sobrando ao FC Porto o alento de o AC Milan ter perdido com o Liverpool, o que lhe permite disputar o acesso à Liga Europa.
Sem os três centrais titulares, Diego Simeone optou por juntar o lateral Vrsaljko e o médio Kondogbia a Hermoso no eixo defensivo. Este reajuste surpreendeu o FC Porto, que mesmo pressionando o Atlético para o seu meio-campo, não conseguia encontrar espaços para chegar à baliza de Oblak. A equipa de Madrid perdeu Suárez aos 14 minutos (entrou Matheus Cunha), mas foi a primeira a estar perto do golo: Carrasco desequilibrou na esquerda, Matheus Cunha falhou o desvio e depois Diogo Costa travou o remate de Llorente (22').
A partir daí, houve mais FC Porto. Aos 32' Luis Díaz obrigou Oblak à primeira grande defesa da noite, com o esloveno novamente a intervir para negar o golo a Grujic (43’). Pelo meio, Lemar quase marcou na própria baliza, na resposta a um canto de Vitinha. A equipa de Sérgio Conceição só pode queixar-se de si própria, pelo desperdício no final da primeira parte e no início da segunda.
Taremi não foi o 'matador' que se pedia num jogo como este, desperdiçou duas grandes oportunidades e o Atlético, que se tinha remetido à sua defesa, acabou por chegar à vantagem. Após um desvio de Taremi na sequência de um canto, Griezmann apareceu sozinho ao segundo poste e encostou para a baliza deserta de Diogo Costa. O golo afastava virtualmente os 'dragões' da Champions, sendo que a reviravolta do Liverpool em Milão abria a porta da Liga Europa.
Logo a seguir, Carrasco esteve perto do 2-0, mas Pepe cortou perto da linha e Koke, na recarga, atirou ao lado. Os 'colchoneros' estavam agora por cima e nem a expulsão de Carrasco, que instalou a confusão ao agredir Otávio, espevitou o FC Porto. O jogo descontrolou-se, Wendell também viu o vermelho direto, pouco depois de entrar, e o Atlético ficou, então, definitivamente confortável na gestão da vantagem.
Sérgio Conceição arriscou tudo para tentar o empate, que servia as aspirações portistas, e lançou em campo Toni Martínez, Fábio Vieira, Sérgio Oliveira e Corona. O 'tudo por tudo' do FC Porto abriu brechas enormes na sua defesa e os espanhóis chegaram ao 2-0 num contra-ataque conduzido por Griezmann, que colocou Correa em excelente posição para bater Diogo Costa.
Já na compensação, De Paul ganhou a bola a Mbemba e fez o terceiro, de nada valendo o golo de penálti de Sérgio Oliveira. Resta agora lutar pelo acesso à Liga Europa, num 'play-off' com o segundo classificado da fase de grupos.
O momento
Griezmann faz o 1-0: O Atlético Madrid chegava à vantagem sem ter feito muito para isso, mostrando todo o cinismo que caracteriza Diego Simeone e o seu 'Cholismo'. Na sequência de um canto, a bola foi ter com Griezmann que, livre de marcação no segundo poste, abriu facilmente o marcador.
O melhor
Antoine Griezmann: Depois de uma primeira parte discreta, o avançado francês apareceu quando o Atlético mais precisava e acabou por ser decisivo: apareceu ao segundo poste para fazer o 1-0 e depois lançou Correa sem grande oposição, que teve tempo para 'matar' as esperanças do FC Porto.
O pior
Wendell: Entrou para o lugar de Zaidu, mas esteve menos de dez minutos em campo, deixando a equipa em inferioridade numérica. No final da partida, Sérgio Conceição criticou a "infantilidade" do lateral-esquerdo.
Reações
Conceição atira-se a Wendel: "Há uma infantilidade do nosso jogador. Temos de o dizer"
Pepe critica árbitro e destaca falta de experiência, Grujic lamenta perda de controlo na 2.ª parte
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