Um estudo publicado pelo jornal Sunday Times conclui que o jogo da Liga dos Campeões de futebol entre Liverpool e Atlético de Madrid, em 11 de março, levou a 41 mortes por infeção de COVID-19.
O estudo hoje publicado pelo jornal britânico, elaborado a partir de dados do serviço nacional de saúde britânico (NHS), comprovou que o jogo, ao qual assistiram cerca de três mil adeptos do clube espanhol, provocou mais mortes do que a tragédia do estádio Heysel, em Bruxelas, em 1985, que registou 39 vítimas mortais entre adeptos da Juventus e dos ‘reds' na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus desse ano.
A vitória ‘colchonera' por 3-2, ante o campeão europeu, aconteceu dois dias antes de o estado de alarme ser decretado em Espanha, e o diretor de saúde pública da cidade de Liverpool, Matthew Aston, já tinha dito, em abril, que a realização do encontro com adeptos nas bancadas foi "um erro" e levou a um aumento de casos na cidade.
O autarca da cidade britânica, Steve Rotheram, pediu em 23 de abril uma investigação formal ao encontro, considerando "escandalosa" a possibilidade de a partida ter levado a mais infeções.
Segundo o estudo, as 41 mortes aconteceram entre 25 e 35 dias após a partida, quando Espanha já registava perto de 640 mil casos positivos e o Reino Unido perto de 100 mil.
Outro dos eventos analisados pelo estudo é o Festival de Cheltenham, onde estiveram perto de 250 mil pessoas na segunda semana de março, e que provocou "37 mortos adicionais" por COVID-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 342 mil mortos e infetou mais de 5,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de dois milhões de doentes foram considerados curados.
Comentários