Bruno Lage, treinador do Benfica, antecipou esta quarta-feira o embate contra o Bolonha, em partida para a sexta jornada da fase regular da Liga dos Campeões.
A primeira vez que estas equipas se defrontam o que espera deste jogo?
"Aquilo que nós sentimos, vai ser um jogo difícil, o Bolonha é muito bom e competente. Analisamos o que fizeram na Champions, são boas exibições, independentemente dos resultados, com Liverpool e Aston Villa e Juventus. Gosta de pressionar alto, é uma equipa vertical nos seus processos. Temos que estar no melhor para vencer. Estamos motivados, e a nossa ambição é vencer o jogo e juntar mais três pontos às nossas contas.
Motivação: "A equipa sente-se motivada para corresponder a cada momento. Foi o nosso objetivo quando chegámos cá, traçar um plano em relação às ideias que queremos. Os jogadores têm feito um trabalho exemplar. Calendário difícil apertado. Sentimos a equipa motivada. Os jogadores tem que estar disponíveis para corresponder. Todos estão motivados para corresponder a cada momento. Não interessa estar-se motivado se a equipa não estiver no máximo da sua competência."
Estando a um ponto do sétima e oitavo, o Benfica pensa na qualificação direta ou playoff. Frente ao V. Guimarães teve remate enquadrado. Preocupa-o os números?
“Não, porque depois do Bayern já jogámos com o Mónaco, com três golos, um de cada ponta-de-lança. Tivemos realmente um remate enquadrado, também tenho essa aplicação, que é o Flashscore, e vejo que só há um remate enquadrado, mas depois vejo em vídeo e também vejo a situação do Akturkoglu, com o guarda-redes batido, em que o jogador do Vitória tirou um golo feito, depois o remate do Pavlidis, uma excelente jogada dele... É ver que entre os remates enquadrados e as oportunidades reais de golo é uma grande diferença. Aproveito também para dizer que uma equipa que quer vencer um campeonato... seria um desafio interessante perceber, nos últimos campeões, quantas vitórias houve de 1-0. Porque no final são esses três ou quatro jogos que fazem a diferença no campeão. Todas as equipas têm competência, mas é nesses dias que uma equipa tem de vencer para ser campeã. Nesse dia, foi uma vitória muito importante porque a equipa percebeu o tempo do jogo e que o Vitória fez uma grande exibição, tem um plantel muito bom e está a fazer uma época muito boa, o que valoriza ainda mais a nossa vitória. E colar esses três pontos ao trabalho que temos vindo a fazer”.
Arthur Cabral a trabalhar sozinho na Luz? "Essa imagem que saiu tem uma explicação. No dia a seguir ao jogo, nós íamos ter folga. Por isso, todos os jogadores que precisavam de melhorar em algum sentido, foram treinar no final do jogo, exatamente para melhorar alguns aspetos que considerávamos importante melhorar. Não foi uma ideia isolada do Arthur Cabral. Foram vários que fizeram esse trabalho, posso falar por exemplo do Zeki Amdouni. Só que no vídeo só aparece o Arthur Cabral", disse.
Tem duas baixas e chamou Diogo Prioste e sobre as expetativas em relação ao que está a fazer
"Quase dá vontade de perguntar com quantos adeptos falou. Bastantes? Pronto. Sou o treinador de todos os benfiquistas. Senti sempre, desde sempre, um enorme apoio e carinho dos adeptos. O que sinto neste momento não é nada de novo, senti sempre isso desde o dia em que saí até ao dia em que entrei. O Diogo tem sido muito regular na equipa B, até tem sido um dos melhores elementos. Tem feito uma época muito boa e tem vindo a treinar regularmente connosco, merecia".
Regresso de Renato e os assobios a Trubin no último jogo
"O Renato ainda não sabemos ao certo. Nem o Renato, nem o Tiago Gouveia. Sobre a sua questão, o mais importante foi a maturidade do jogador, de entender o que o jogo precisava. Há uma estratégia para cada jogo e temos que a interpretar da melhor maneira. Vou recordar o exemplo do Feyenoord. Pretendíamos controlar o jogo com bola e fizemo-lo bem a partir dos nossos guarda-redes, e há uma bola em que tentámos sair longo, a bola fica curta, o Feyenoord recupera e em dois passes está na nossa área. Aprendemos muito com isso. Perceber em que circunstâncias saímos curto e longo. Isto é sempre em função da forma como o adversário pressiona. O Vitória, muito bem, instalou-se na frente. E nós entendemos que, quando a bola estivesse no guarda-redes, eles não iam sair na pressão. Então o Trubin tinha de ter calma e esperar. O Vitória a perder, depois de esperar uns segundos, iria sair na pressão do guarda-redes. E aí iríamos encontrar o jogador livre. O importante é os jogadores perceberem o que têm de fazer a cada momento, temos trabalhado muito isso. O que também foi importante foi o apoio à equipa, que correspondeu. Fez um grande jogo e uniu-se. Foi o jogo, desde que cá estou, em que a equipa mais correu. Vimos o Nico no chão e a cortar a bola de cabeça... Foi um grande jogo da equipa. Perceber o que cada momento pedia. E o mais importante foi, num jogo difícil, ter juntado os três pontos. Vão ser muito importantes no futuro".
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