O jogador do Bayern de Munique, Jêrome Boateng, quer continuar a luta contra o racismo, desta vez nos jogos da Liga dos Campeões. O defesa alemão considera que os jogadores devem continuar a ajoelhar-se no relvado como protesto.
"É muito poderoso e muito importante que continuemos na Liga dos Campeões, especialmente na final, porque o mundo inteiro vai estar a ver", refere Boateng, citado pela 'Eurosport'.
O defesa de 31 anos admite que o tema já foi debatido entre os jogadores do Bayern de Munique. "Conversámos sobre isso antes da paragem, conversei com Joshua Kimmich e Leon Goretzka sobre o assunto. Eles perguntaram-me o que poderiam fazer apoiar, o que é que se sente, o que aconteceu comigo quando era mais jovem, para que eu pudesse contar a minha história, quais foram as minhas experiências e porque é que tão doloroso e difícil ouvir essas coisas", contou.
Recorde-se que a luta contra o racismo e o movimento 'Black Lives Matter' (as vidas negras importam) ganhou força quando George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu a 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, sucederam-se protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem, num cenário que se estendeu também a protestos e com manifestações em várias cidades mundiais.
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